Segundo uma pesquisa feita pela revista britânica Times Higher Education (THE) e divulgada ontem (2), o Brasil está em sexto no ranking de países com maior número de universidades bem avaliadas no mundo. Outro levantamento da publicação, realizado em abril, destaca a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) como uma das 30 instituições de ensino superior com maior impacto na sociedade.
No total, o país possui 52 representantes no ranking divulgado nessa quarta, sendo oito de Minas Gerais, inclusive a Unifei. São elas: a Unifei; Universidade Federal de Lavras (UFLA); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal de Viçosa (UFV); Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop).
Mais bem colocada entre as mineiras, a UFMG, de acordo com a publicação, é a melhor instituição federal do país atualmente. À sua frente, estão apenas a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Campinas (Unicamp), ambas de âmbito estadual.
Universidades de maior impacto
A Unifei também apareceu em outro ranking da THE, desta vez sobre as universidades com maior impacto na sociedade. Realizado em abril, este levantamento tem como parâmetro o desempenho global de 768 instituições de 85 países em relação aos objetivos de desenvolvimento sustentável das nações unidas, estabelecidos no início do milênio.
Segundo o professor de Confiabilidade de Sistemas Elétricos e Circuitos Elétricos II no campus itabirano, Élcio Arruda, o segredo para o reconhecimento da universidade está nos projetos realizados dentro da estrutura da Unifei e também junto à região.
“A universidade tem atuado diretamente com a sociedade em projetos de pesquisa, estabelecendo parcerias com outras instituições e proporcionando desenvolvimento econômico, eficientização de produtos e processos, novas tecnologias, entre outros. Também podemos citar os projetos de extensão, que atuam diretamente com a sociedade e proporcionam a troca de conhecimento entre comunidade acadêmica e população (possibilitando o desenvolvimento de soluções para diminuição da desigualdade, por exemplo)”, ressalta o docente.
Outro fator importante citado por Élcio Arruda é a chegada de novos graduandos no campus e, consequentemente, na cidade. “A presença de novos estudantes, a partir do início dos cursos na cidade, também causa um importante impacto econômico, como o uso de recursos de novos alunos na região. Além disso, há a oferta de mão de obra qualificada para a sociedade (alunos estagiários e formandos atuando na região)” conclui.
Sobre a pesquisa
No total, 30 instituições de educação brasileiras foram citadas. A nível mundial, a universidade, que possui campus em Itajubá e Itabira, ocupa a faixa entre as 401-600 melhores instituições, assim como a PUC-MG. Para se chegar ao resultado final, são utilizadas 17 métricas distribuídas por três critérios: pesquisa, alcance e administração.