Em recente evento comemorativo, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, indicou a possibilidade de reajuste no preço dos combustíveis ainda neste ano. Em sua fala, ele disse que o mercado de combustíveis está enfrentando uma tempestade. A combinação do enxugamento do diesel russo, que servia como um “colchão de amortecimento” e o preço do barril de petróleo acima de US$ 90, chegando a até US$ 95, criou um cenário desafiador para a empresa e para os brasileiros.
Recentemente, a estatal brasileira implementou uma nova política de preços que minimiza os efeitos da volatilidade do mercado internacional, mas, segundo Prates, isso não impede que a empresa não acompanhe a referência de valores em outros patamares.
“A empresa já fez um ajuste e está atualmente analisando a possibilidade de outro reajuste antes do final do ano. As discussões estão em andamento para ver se de fato é necessário e, se for, quando será”, declarou Prates.
Há pouco tempo, a Petrobras anunciou um aumento de 5,3% no preço médio do querosene de aviação (QAV) para as distribuidoras a partir deste mês de outubro, o que representou um reajuste de R$ 0,22 por litro.
Mesmo com esse reajuste, a empresa ressaltou que, desde janeiro, o QAV acumula uma redução de 12,6%, o que representa uma redução média de R$ 0,64%/litro em relação ao preço de dezembro de 2022.
Buscando a autossuficiência, o Ministério de Minas e Energia (MME) destacou a necessidade de o Brasil investir em refino para não depender da importação de derivados, que hoje é de cerca de 30%.
Prates revelou que a empresa está buscando participar de forma mais ativa na transição energética e estar presente em toda inovação de energia não poluente e não fóssil.