PF apreende submarino do narcotráfico, na ilha de Marajó
Submarino seria utilizado para carregar drogas até a Europa

A Polícia Federal (PF) apreendeu, neste sábado, 31, na Ilha do Marajó, no Pará, uma embarcação semissubmersível que tentava enviar cocaína à Europa. A ação é desdobramento de uma investigação que surgiu após a prisão de cinco homens no mar de Portugal, no início do ano, transportando drogas em uma embarcação semelhante.
Em março, porém, autoridades apreenderam uma embarcação semissubmersível, em Portugal. Três dos cinco tripulantes eram brasileiros. O grupo transportava quase 7 toneladas de drogas estava em alto mar quando a Polícia os interceptou. Os entorpecentes seriam transferidos para outras embarcações, segundo a polícia portuguesa. As investigações apontaram que o “submarino do tráfico” teve origem na mesma região do Marajó.
A nova apreensão, realizada em conjunto com a Força Aérea e com a Marinha, teve um trabalho integrado entre agências brasileiras, portuguesas, espanholas e norte-americanas. Houve intercâmbio de informações de inteligência com a Polícia Nacional da Espanha, a Polícia Judiciária de Portugal e a Drug Enforcement Administration (DEA), a agência antidrogas dos Estados Unidos.
É a primeira vez, portanto, que a PF apreende uma embarcação como essa. Segundo a polícia, a novidade indica uma tentativa de diversificação de estratégias por parte do crime organizado que transporte drogas para o mercado europeu. “A Polícia Federal está atenta a essa evolução nas estratégias criminosas e seguirá atuando de forma incisiva, com aprofundamento das investigações para identificar e responsabilizar todos os envolvidos na fabricação, logística e financiamento desse tipo de operação ilícita”, informou.
Apesar de ter sido a primeira apreensão feita pela PF, as forças de segurança do Pará já apreenderam embarcações semelhantes. Em fevereiro de 2024, as forças de segurança estaduais interceptaram um semissubmersível no município de São Caetano de Odivelas (PA). Pescadores locais avistaram a embarcação e, então, acionaram a polícia.
Com informações da agência Estadão Conteúdo.