As polícias de Barão de Cocais realizaram um “sirenaço” às 12h desta quarta-feira (09) em favor da manifestação por recomposição salarial.
O ato foi um manifesto de apoio aos colegas das forças de segurança, que estão realizando protestos na Praça da Estação, em Belo Horizonte. A manifestação teve grande adesão das polícias de Belo Horizonte e tem apoio das forças de segurança de todo o estado, o que motivou a ação em Barão de Cocais.
A ação não foi um ato de greve, as polícias de Barão de Cocais continuam atuando com pessoal reduzido à cerca de 40% do corpo total de funcionários. E, mesmo com essa redução de pessoal, seguem atendendo a população normalmente.
As polícias estão se unindo pela causa do reajuste e dignidade salarial, que fora prometido pelo governador Romeu Zema e teria sido negociado pelo secretário de Estado de Governo, Igor Mascarenhas Eto.
O fim da greve havia sido determinado judicialmente por meio de duas liminares concedidas pela desembargadora-relatora, Albergaria Costa, nas ações declaratórias de ilegalidade de greve ajuizadas pela Advocacia-Geral do Estado (AGE-MG). A tese, inclusive, fora acolhida pelo Tribunal de Justica de Minas Gerais (TJMG).
Contudo, os militares defendem que estão trabalhando em situação de precarização e que fora prometido um índice de correção salarial maior do que o valor de 10,06%, um percentual que foi concedido para todo o para todo o funcionalismo público no estado e que corresponde à inflação verificada pelo IPCA no último ano. Apesar disso, o valor não corresponde ao que fora enunciado para os servidores da segurança e está muito abaixo do esperado pelos policiais.
Assim, as forças policiais de Barão de Cocais fizeram um manifesto solidário às forças de BH e de todo o estado, ligando somente as sirenes das viaturas sem palavras de ordem. As viaturas da polícia militar e civil estiveram presentes e houve, também, adesão dos grupos de resgate do município.
Já com relação às polícias de Itabira, o delegado da Polícia Civil, Helton Cota, se pronunciou dizendo:
“Todas as regionais, todas as delegacias aderiram. Nós estamos não estamos em greve e nem paralisação. É um movimento de estrita legalidade. A gente reduziu o atendimento”
O movimento estadual tem como principal objetivo o cumprimento da palavra dada pelo secretário de Estado de Governo, Igor Mascarenhas Eto e o governador Romeu Zema.