Mais de 40 edificações deixam de fazer parte da Zona de Autossalvamento (ZAS) da barragem de Doutor, na mina Timbopeba, em Ouro Preto, devido à redução de mais de 15% da mancha hipotética de inudação da barragem, que corresponde a 13km2.
A mancha foi revisada pela Vale e validada, este mês, pela SLR, empresa auditora do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O estudo levou em conta, entre outros fatores, a diminuição do volume de água devido à condição atual do vertedouro (ensecadeira), maior detalhamento do modelo e conhecimento do material do reservatório. As informações foram divulgadas ontem (25/05) pela Defesa Civil de Ouro Preto e pela Vale, em reunião com a comunidade de Antônio Pereira.
Com a redução, deixam de fazer parte da ZAS de Doutor mais de 40 edificações, incluindo residências e o Clube Samisa. Isso permitirá que famílias retornem às suas casas de origem, caso desejem, e que o clube retome suas operações.
Avaliações em campo estão sendo realizadas pela Defesa Civil, em conjunto com a Vale, para precisar o número de famílias que deixam de ser impactadas pela macha da barragem. Ciente dos efeitos dessas mudanças na rotina da comunidade, a Vale anunciou que irá discutir o retorno conjuntamente com cada família, respeitando seus interesses.
O atual desenho da mancha ainda prevê a realocação preventiva de duas famílias, uma em Antônio Pereira e outra na Vila Residencial Antônio Pereira, que já foram comunicadas e receberão todo o suporte da empresa no processo de escolha e mudança para moradias temporárias.
É importante ressaltar que não houve alteração na condição de segurança da barragem Doutor. A estrutura, que está em processo de descaracterização, permanece em nível 1 de emergência e é monitorada 24 horas por dia, 7 dias por semana.
*Com informações da assessoria Vale