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Por que a Inglaterra poderá sair da seca neste ano

Inglaterra

Harry Kane é um dos grandes nomes da seleção inglesa. Foto: Premier League/Twitter

Uma liga muito forte, um trabalho bem feito nas categorias de base, continuidade do trabalho… não faltam argumentos que tornem a Inglaterra uma das favoritas à Copa do Mundo de 2022. A mistura desses e outros fatores resulta em um time extremamente talentoso, que reúne jovens com muito potencial e outros atletas em seu melhor nível de maturidade.

A estreia não poderia ser melhor: um 6 a 2 contra o Irã. Você há de argumentar que o adversário é fraco – e realmente é – mas aí entra a importância de analisarmos para além do resultado. Hoje, o English Team possui um funcionamento coletivo raro de se ver no universo das seleções.

Caso seja mal utilizado, o 4-2-3-1 escolhido por Gareth Southgate pode facilmente resultar em um time estático. Mas não é o que se vê. O setor ofensivo da Inglaterra se movimenta o tempo todo, com os pontas abrindo bastante o campo, mas também criando jogo pelo meio. Os laterais chegam ao fundo, mas também constroem, especialmente Trippier, um dos melhores da posição até aqui na Premier League, onde atua pelo ótimo Newcastle. Os volantes não se limitam à frente da zaga, entrando na área da adversária.

Falando dos valores individuais, em si, os Three Lions contam com jovens de muito potencial. Saka, Bellingham, Arnold, Reece James e Foden são alguns desses destaques. Juntam-se a eles outros jogadores em fase mais madura da carreira, como Declan Rice – que deixou de ser a revelação do West Ham para se tornar o líder do meio campo inglês -, Sterling, o próprio Trippier e um nome em especial.

Kane

Camisa 9 do Tottenham, Harry Kane é um caso à parte. Prejudicado pela falta de títulos conquistados com a camisa dos Spurs, poderia ter seu talento mais reconhecido. Teoricamente um centroavante, Kane funciona, na prática, como um camisa 10, tanto pelo clube quanto pela seleção. Com muita frequência, o atacante volta alguns metros para abrir espaço aos pontas e servi-los com assistências. Ademais, é quem mais tem condições de ser o líder técnico e moral do jovem time.

O fardo é pesado. São 56 anos sem erguer a taça da Copa do Mundo, quando venceu a edição realizada no próprio país. No entanto, motivos não faltam para a Inglaterra sair da enorme seca que a persegue.

Victor Eduardo é jornalista e escreve sobre esportes em DeFato Online.

O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

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