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Posse de Milei vira teste de força política para Bolsonaro

Foto: Javier Milei/Facebook

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), vai usar como termômetro de sua força politica a posse do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, no próximo dia 10. O ex-presidente brasileiro segue para a Buenos Aires, para a posse de Milei, numa grande comitiva de direita que compreende a ex-primeira dama Michele Bolsonaro, parlamentares e até governadores da sua ideologia. Este será o primeiro grande evento desde que deixou o Palácio do Planalto, após perder as eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Embora ainda não haja confirmação, Bolsonaro mantém a expectativa de um encontro bilateral com Milei e com outros interlocutores do líder argentino. Há possibilidades de que Bolsonaro possa se encontrar com apoiadores na capital portenha. Ele viaja nesta semana e fica em solo argentino até o dia 11, um dia após a posse de Milei.

Bolsonaro enfrenta pressão política e jurídica desde que perdeu a eleição, virando alvo de investigações diversas, sobre atos antidemocráticos, fraude em cartão de vacina e joias presenteadas por autoridades estrangeiras, além de outras. Em junho, Bolsonaro foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por oito anos, devido a ataques ao sistema eleitoral durante a campanha, estando apto a se candidatar novamente em 2030, aos 75 anos.

A eleição de Milei é vista por eleitores de Bolsonaro como um atenuante diante de um ano de dificuldades. Logo na manhã após ser eleito, Milei conversou com Bolsonaro por videochamada, ocasião que o ex-presidente foi convidado à posse. Bolsonaro classificou a vitória do ultraliberal como um sinal de que “a esperança volta a brilhar na América do Sul”.

“Parabéns ao povo argentino pela vitória com Milei. Que esses bons ventos alcancem os Estados Unidos e o Brasil para que a honestidade, o progresso e a liberdade votem para todos nós”.

O presidente Lula não deve comparecer à posse do novo presidente argentino, após ter sido chamado por ele de corrupto e comunista. Depois de eleito, Milei moderou seu discurso e tenta uma reaproximação com Lula, tendo enviado sua futura chanceler, Diana Mondino, a Brasília, para conversas com Mauro Vieira, ministro de Relações Exteriores, além de trazer uma carta-convite para a posse, ao presidente brasileiro.

A exemplo do que fez Bolsonaro, que enviou seu vice-presidente, Hamilton Mourão à posse de Alberto Fernández, Lula também deverá enviar representante.

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