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Poucas premiações foram tão merecidas quanto a de Benzema

Alguns anúncios surpreenderam os torcedores durante a edição deste ano da Bola de Ouro. A escolha do melhor jogador do mundo, certamente, não foi um deles. Karim Benzema teve seu desempenho de alto nível pelo Real Madrid reconhecido nesta segunda-feira (17), em uma premiação que todos já esperavam.

Surgido como um fenômeno do futebol francês entre 2007 e 2008, o atacante soube, com muita paciência, aguardar seu tempo chegar. Coadjuvante de luxo durante anos, participou de ataques espetaculares no Real Madrid, dividindo gols e assistências com Cristiano Ronaldo, Bale, Mesut Ozil, Higuaín e outras estrelas.

Porém, com o passar dos anos, foi ganhando cada vez mais protagonismo. A chavinha virou, mesmo, quando CR7 deixou de ser o ponta esquerda endiabrado para se tornar um centroavante letal. Era Benzema quem rodava o campo para servir o gajo.

Mas o tempo passou, Ronaldo saiu do Real Madrid e o francês ficou. Para fazer história. Benzema esteve longe de sentir a pressão por ser a referência do ataque merengue. Cada vez mais maduro, evoluiu seu jogo, virou referência para os mais jovens e hoje representa o Real Madrid menos estrelado e mais coletivo dos últimos anos.

Karim Benzema é a legítima representação do atacante do século XXI. Talentoso e móvel, não é apenas um definidor. O atleta revelado pelo Lyon serve, faz gols e joga em todas as partes do campo.

Mas a lição que fica é: sua principal qualidade não está dentro dos gramados. Foram a paciência e a humildade que fizeram de Benzema o melhor jogador do planeta na temporada 2021/2022.

Victor Eduardo é jornalista e escreve sobre esportes em DeFato Online.

O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

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