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Prefeitura de Barão terá ponto facultativo nesta sexta para servidores acompanharem audiência com a Vale

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Para que a população de Barão de Cocais possa participar da audiência de Conciliação entre o Ministério Público e a Vale nesta sexta-feira (28), o prefeito Décio Geraldo dos Santos vai decretar ponto facultativo na prefeitura nesse dia.

De acordo com o prefeito, a intenção é possibilitar a participação do maior número de pessoas possível na reunião. “Queremos que a audiência seja realizada em um local espaçoso, que caiba um grande número de pessoas. Inclusive vamos decretar ponto facultativo na data, para que os servidores possam também participar”, disse.

ATO PÚBLICO

Décio também falou à DeFato sobre as ações que acontecerão no município na quinta-feira (27), véspera da reunião de conciliação. Nessa data, às 18h30, no Salão Paroquial, está marcada uma reunião da comissão das comunidades ribeirinhas para esclarecer sobre os direitos dos atingidos. Logo em seguida, será promovido o ato público “Todos juntos por Barão”, que reunirá os cocaienses na praça Nossa Senhora Aparecida.

A manifestação é para cobrar da Vale uma compensação para toda a população dos prejuízos causados pelo risco de rompimento da barragem. “O ato tem como objetivo unir a população em prol de um único objetivo, que são as ações judiciais contra a Vale. Na sexta-feira pela manhã, acontece a audiência de conciliação com a empresa e queremos, junto com a população, falar a mesma língua por Barão de Cocais”, ressaltou.

RISCO DE ROMPIMENTO

A barragem Sul Superior da mina de Gongo Soco, sob responsabilidade da Vale, soou o seu alarme em 8 de fevereiro, colocando a segurança da estrutura em nível 2. Por precaução, os moradores das chamadas zonas de autossalvamento (ZAS): Tabuleiro, Piteiras, Vila do Gongo e Socorro foram retirados de suas casas e levados para hotéis na região.

Em 22 de março a sirene voltou a soar no local, elevando o nível de segurança para 3, com risco iminente de rompimento. Desde então, os cocaienses vivem a angústia e o receio de colapso da barragem de rejeitos, que levaria uma hora e 12 minutos para chegar ao perímetro urbano, chamado de área secundária de risco.

No dia 16 de maio, a mineradora informou ao Ministério Público de Minas Gerais sobre o deslizamento significativo de um talude na cava da mina de Gongo Soco. O receio era de que a queda do talude causasse um abalo sísmico e provocasse a ruptura da barragem. A Vale previa a queda da estrutura até o dia 25 daquele mês. No último dia de maio (31), uma porção equivalente a 1% do paredão se desprendeu e acomodou no fundo da cava.

 

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