A Prefeitura de Itabira comunicou, na segunda-feira (16), o início do serviço de esterilização de cães e gatos pelas secretarias municipais de Saúde, responsável pelo planejamento e operação, e Desenvolvimento Urbano, que fica por conta da infraestrutura, contratação e organização. Os animais serão atendidos no Parque de Exposições até o dia 19 — conforme agendamento com tutores que fizeram a inscrição prévia em maio.
O procedimento inclui também a chipagem para identificação de localização dos animais. Os atendimentos são gratuitos e preferencialmente para animais com tutores, cadastrados e selecionados pela equipe de Zoonoses.
Todos os animais cadastrados e selecionados, antes de passar pela cirurgia de castração, também passam por avaliação clínica. É obrigatório que estejam em jejum de água por 2h e de comida por 8h. Não podem apresentar nenhum problema de saúde e a idade permitida para a esterilização é de 4 meses até 8 anos.
Segundo a superintendente de Vigilância e Saúde, Natália Andrade a esterilização auxilia no controle de animais em situação de rua. “Através do mutirão de castração a gente faz o controle populacional de animais e eles ainda vão ter um micro chip para ajudar na localização. Por exemplo, se um animal está perdido, com a chipagem é possível identificá-lo e encaminhar para o tutor”, afirma a superintendente.
Os procedimentos acontecem no Castramóvel da ONG Pets sem Fronteiras, empresa vencedora da licitação organizada pelo Consórcio Intermunicipal Multissetorial do Médio Piracicaba (Consmepi), parceiro do projeto. No primeiro dia de castração foram atendidos 63 animais, sendo 44 cães (31 fêmeas e 14 machos) e 18 gatos (11 fêmeas e 7 machos). No local também estão sendo vendidos um kit com os medicamentos necessários, de acordo com o tamanho e peso do animal, e o colar elizabetano, itens necessários para o pós-operatório.
Os tutores dos animais domiciliados e em situação de rua que passarão pela esterilização devem cumprir algumas orientações pós-cirúrgicas.
- Ao chegar em casa manter o animal aquecido por 24 horas (caminha/cobertor);
- Fornecer água e comida 4 horas após a cirurgia;
- Não deixar o animal lamber ou coçar a ferida;
- É obrigatório o uso de colar de restrição ou roupa cirúrgica industrial ou adaptada.
O mutirão de castração será dividido em três etapas. Os primeiros animais passam pelo procedimento agora em agosto. Outros atendimentos acontecem nos meses de novembro e dezembro. No total, serão atendidos 800 animais. Todos os beneficiados serão contactados pela SMS com antecedência para seguirem os procedimentos necessários para a realização da cirurgia.
Cobrança
Na semana passada, durante a reunião da Câmara de Itabira — realizada na terça-feira (10) — o vereador de oposição Neidson Dias Freitas (MDB) cobrou em plenário o prefeito Marco Antônio Lage (PSB) sobre as políticas voltadas à população animal de Itabira, principalmente sobre o trabalho de castração.
“Conseguimos recursos, através do Fega, que garantiu no ano passado a castração de mais de 400 animais e ajudando no controle populacional de cães e gatos em nossa cidade. Um projeto importantíssimo e com recurso em caixa para fazer as castrações — foi uma parceria feita à época com o Consmepi. Mas, neste ano, até agora, o prefeito [Marco Antônio Lage] não entregou nada para a causa animal. Isso é um absurdo, pois o programa já estava pronto para fazer centenas de castrações”, questionou Neidson Freitas.
Em tempo
Em nota enviada à DeFato, a Prefeitura de Itabira detalhou a política que tem adotado para a população animal de Itabira. Confira a íntegra do comunicado:
“Os procedimentos para a castração de animais teve início em maio, com abertura do processo para cadastro dos cães e gatos. Depois disso, foi feita a seleção pela equipe veterinária responsável. O primeiro grupo será esterilizado entre 16 e 19 de agosto, no Parque de Exposições. Serão 240 cirurgias neste primeiro momento. Em todo ano, serão 800 castrações.
Ao todo, mais de 1,7 mil cães e gatos foram inscritos, mas nem todos atendem aos critérios para a castração. De acordo com diretora de Vigilância e Controle de Zoonoses, Marli Lage de Oliveira Martins, o processo de seleção obedece prioridades. Não foram habilitados os cachorros braquicefálicos, que estão doentes ou apresentando algum sintoma e ainda os animais acima de oito anos de idade, porque correm risco cirúrgico.
A prestação de serviços conta com a parceria da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU), responsável pela disponibilização da infraestrutura, contratação e limpeza. Os procedimentos acontecerão no Castramóvel cedido pelo Consórcio Intermunicipal Multissetorial do Médio Piracicaba (Consmepi)”.