Inaugurada em 2020, a avenida Machado de Assis, que interliga os bairros Machado e Gabiroba, em Itabira, convive com o surgimento de diversos buracos e outros problemas. A situação é ocasionada, principalmente, pela falta de drenagem, impermeabilização e compactação do terreno. É o que garante o secretário de Obras, Transporte e Trânsito, Danilo Alvarenga, que apresentou, nesta quarta-feira (25), um estudo técnico realizado pela empresa EPG Engenharia que aponta necessidades de adequações na infraestrutura da via.
“Houve erro no projeto executivo e na execução da obra, que está encaixada num vale. As laterais dessa obra tem um adensamento de vegetação muito grande, tem presença de rochas e toda água que está nesses morros descem para a via. Então deveria ter sido feito um trabalho de drenagem nas laterais, de impermeabilização e também de compactação de todo o bordo da pista, o que não foi realizado”, explicou Danilo Alvarenga.
Dessa forma, segundo o secretário de Obras, será necessário refazer a avenida Machado de Assis — um serviço que deverá custar cerca de R$ 15 milhões aos cofres públicos. Porém, esses reparos não deverão ser realizados neste ano, já que o empreendimento não está previsto no orçamento municipal para 2023. A expectativa é de que o serviço seja iniciado somente em 2024.
“O município não previu na lei orçamentária do ano passado para fazer essa intervenção este ano, com isso vamos trabalhar, em 2023, justamente nos projetos de uma nova avenida, num novo conceito de avenida, tentando fazer um projeto que a gente consiga colocar ciclovia, passeios mais largos para ter essa finalidade que a gente entende de uma avenida de integração”, destacou Danilo Alvarenga.
Enquanto as obras de correção estrutural da avenida Machado de Assis não são realizadas, a Prefeitura de Itabira terá que recorrer a operações tapa-buracos sempre que necessário para manter a via transitável.
Novo projeto
A reestruturação da avenida Machado de Assis — também chamada de avenida Integração — envolverá algumas mudanças em sua infraestrutura atual. Entre as principais mudanças estão a ampliação do aparato para a prática esportiva. De acordo com Danilo Alvarenga, a via deverá receber calçadas mais largas, o que favorecerá a prática de caminhadas e corridas; ciclovias e uma praça de esportes — que pode incluir um campo de futebol.
“Nós não queremos fazer um fazer um gasto só de recuperação. Nós queremos fazer uma nova avenida Machado de Assis, com o conceito que a gente entende que é a integração do esporte, integração da cidade. Esse conceito é importante. Então estamos estudando fazer uma praça de esporte ali também, com um campo de futebol”, contou Danilo Alvarenga.
Responsabilização
Segundo o secretário de Obras, o projeto inicial da avenida Machado de Assis contemplava tudo o que era necessário, desde a drenagem e impermeabilização até os aparatos esportivos. Porém, após a licitação da obra, esse projeto foi alterado e uma série de itens foi retirado — o que influenciou na execução do empreendimento pela empresa Terramil Construções e Terraplanagem.
“Esse corte [no projeto] foi feito pela própria Prefeitura, mas quem foi [responsável] a gente não consegue diagnosticar. Tem o erro da empresa também, na execução”, afirmou Danilo Alvarenga.
“Nós vamos mandar esse laudo conclusivo para o Ministério Público, solicitando análise dos técnicos dele”, continuou o secretário de Obras. “Então nós vamos tratar isso de forma objetiva e técnica e o Ministério Público toma as providências necessárias”, finalizou.