As mais de 300 crianças da Escola Coronel Câncio, em Barão de Cocais, tiveram a rotina escolar restabelecida nesta sexta-feira (28). A instituição realocada pela Vale desde março teve o fornecimento de energia suspenso pela Cemig devido a um atraso no pagamento das contas. A prefeitura quitou os débitos segundo informações da Secretaria de Educação.
A mudança da escola ocorreu devido ao risco de rompimento da Barragem Sul Superior da Mina de Gongo Soco. Como o prédio da instituição fica na área secundária de risco, as aulas foram transferidas para outro imóvel, custeado pela Vale. A conta de energia, no entanto, não estava sendo paga.
Uma funcionária da escola, que preferiu não se identificar, contou que as aulas não chegaram a ser interrompidas, mas tiveram o andamento comprometido. “A secretaria funcionou de forma reduzida. Os alunos tiveram que aproveitar a luz do dia. Avisamos rapidamente a Secretaria de Educação sobre a situação, que foi resolvida nesta sexta-feira”, disse.
De acordo com a comunicação da Prefeitura, as contas foram entregues à Vale há uma semana, mas não houve um retorno da mineradora sobre a quitação das mesmas. Diante do corte de fornecimento de energia, o município pagou os débitos.
Transferência
As atividades de escola foram transferidas para o prédio da Fupac, no bairro Lagoa, logo que a sirene da mineradora na Mina de Gongo Soco tocou pela segunda vez no dia 22 de março, elevando o nível de segurança da barragem para 3, com risco iminente de rompimento.
A mudança foi conduzida pela prefeitura com o apoio da Vale. Desde abril, obras de adaptação estão sendo feitas no local para melhor atender os estudantes. A mineradora assumiu a responsabilidade sobre a reforma.