Na noite desta segunda-feira (20), o União Brasil apresentou seu novo diretório em Itabira, cujo presidente será o ex-prefeito Ronaldo Lage Magalhães. Realizado no plenário da Câmara Municipal, o evento foi marcado pela forte presença de líderes de partidos como PP, PSD, PL, Cidadania e MDB, além de críticas à gestão Marco Antônio Lage. Também estiveram na Casa do Legislativo os vereadores Roberto Fernandes Carlos de Araújo “Robertinho da Autoescola”, Rosilene Félix, Neidson Dias Freitas, Luciano Gonçalves dos Reis “Sobrinho”, todos do MDB.
A comissão apresentada é provisória e conta com nomes experientes na política itabirana, como Deoclécio Mafra (vice-presidente) e Sérgio Amaral (tesoureiro). Em seu discurso, Ronaldo pregou respeito por outros nomes que passaram pela Prefeitura de Itabira e criticou uma suposta inércia da atual gestão municipal na condução de projetos importantes.
“Todos os prefeitos fizeram, uns mais, outros menos, mas todos fizeram algo. Lembro do Li Guerra, senhor Luiz Menezes, doutor Jackson, Damon, todos trabalharam. Esse aí (Marco Antônio Lage) parece que esqueceu como se trabalha, como se administra uma cidade. Somos a favor das festas, mas todo dia? Como diz um amigo meu, isso é apenas pão e circo. A cidade não cresce e se desenvolve. Uma obra como a da Unifei, parada, que iniciou no governo João, continuou no governo do doutor Damon, continuou no governo Ronaldo Magalhães e esse governo, que fala em futuro sustentável, para com a obra da Unifei”.
“A transposição do rio Tanque, deixamos tudo pronto, inclusive com recursos 100% Vale, porque a Vale quer fazer. Até hoje ele não encerrou. E uma cidade para crescer precisa de água, precisa de energia e de pessoas competentes na Prefeitura para colocar os projetos para caminhar e fiquem prontos. Itabira tem futuro, mas tem muita coisa a se fazer. Com um governo desse, não vamos chegar a lugar nenhum”.
Ronaldo Magalhães também falou sobre a diferença entre o atual orçamento com o da sua gestão. Ao falar sobre o “salto” financeiro de Itabira, destacou sua atuação como vice-presidente da AMIG (Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil).
“Arrecadamos em torno de R$ 1 bilhão e 800 mil em quatro anos. Ele vai passar de R$ 4 bilhões, mais que o dobro. Isso porque nós mudamos a alíquota do CFEM. Eu, como vice-presidente da AMIG, estive em Brasília com vários outros prefeitos, inclusive de cidades do Pará, trabalhando para que conseguíssemos mudar. Mudamos. Hoje Itabira arrecada o dobro do CFEM, e quando entrei na Prefeitura o minério estava 38 dólares, ele está recebendo CFEM E ICMS de minério a 200 dólares. Então a diferença é muito grande”.
Apoio nas críticas
Outro a tecer fortes críticas à atual Administração Municipal foi o vereador e presidente do MDB, Neidson Freitas. Além de também exigir respeito aos últimos gestores da cidade, como o próprio Ronaldo, o parlamentar voltou a falar sobre o que considera como a “farra das atas”.
“Primeiro chegaram trazendo dezenas de pessoas de fora, e agora entregam todo o recurso da nossa cidade para empresas de fora. Só neste ano são R$ 120 milhões sem licitação para empresas de fora. Uma pessoa que não tem a hombridade para reconhecer o que foi construído em Itabira até aqui, porque na hora que a gente reconhece a caminhada de um líder político como você, Ronaldo, como a de vários outros e de todos vocês que estão aqui, é ter o mínimo de respeito pelo passado desta cidade”.
Em tom mais duro, Neidson também classificou Marco Antônio Lage como “mentiroso e falastrão”. “É assim que eu quero deixar essa mensagem, o discurso é de união, mas o meu entendimento é de que nunca estivemos desunidos. Porque temos o mesmo objetivo que é tirar esse mentiroso e falastrão sentado na cadeira de prefeito”.