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Preso suspeito de 12 homicídios e de comando de tráfico em Santa Bárbara e Catas Altas

Foto: Ana Cecília Carneiro/Itatiaia

“Tô sabendo de nada disso. Eles falam né, mas falar até papagaio fala né”. É desta forma que um homem, suspeito de pelo menos 12 assassinatos em Betim e de tráfico de drogas em Catas Altas e Santa Bárbara se defende, após ser preso em Felixlândia, na região Central de Minas.

O suspeito seria líder de uma facção criminosa que controlaria o tráfico de drogas nos bairros Jardim Teresópolis, Chácaras Santo Antônio, Vila Bemge e Invasão Mangueira, todos na cidade de Betim. O grupo ainda teria ramificações em Belo Horizonte, Catas Altas, Santa Bárbara e Felixlândia.

Segundo o delegado Otávio Luiz de Carvalho, da Delegacia de Homicídio de Betim, as investigações começaram em 2017, quando um grande número de homicídios foram registrados na Vila Bemge e no Jardim Teresópolis. Nessa guerra pelo tráfico, inocentes morreram, conforme a polícia: uma pessoa que estava junto com um dos alvos da facção, um motorista de Uber que transportava outro alvo e drogas sem conhecimento e uma mulher tinha um bar e não aceitou tráfico de drogas perto do estabelecimento.

Carreira no crime

Outro ponto abordado pelo delegado é que o suspeito entrou no tráfico aos 13 anos como aviãozinho de uma quadrilha e cresceu ao longo dos anos. “Com o passar do tempo, ele passou a ser gerente e, depois que viu o crescimento e poderio, porque tinha muita disposição para matar, conseguiu tomar o controle da quadrilha e se tornar o patrão, inclusive gerando uma contenda com o antigo patrão, que está preso em [Ribeirão das] Neves também. Essa guerra pelo controle do tráfico gerou mais de 15 vítimas de homicídio”, reiterou. O suspeito negou as acusações e disse não saber de nenhum dos homicídios.

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