Relatório divulgado pela Vale nesta segunda-feira (22) mostra que a produção de minério de ferro em Itabira teve queda de 7,5% no primeiro semestre de 2019 (1S19), se comparado com o mesmo período do ano passado. O documento traz um panorama sobre as operações da empresa nos seis primeiros meses do ano em todo o país.
No acumulado entre janeiro e junho de 2019, as minas de Itabira produziram 18.066 milhões de toneladas de minério de ferro (Mt). No mesmo período do ano passado, a produção itabirana foi de 19.536 Mt.
O relatório da Vale permite observar que a queda mais forte na produção de Itabira se deu entre abril e junho. Nesse período (2T19) a redução foi de 5,6% no comparativo com o primeiro trimestre do ano. Se comparado o 2T19 com o segundo trimestre de 2018, o recuo produtivo em Itabira é de 16,4%.
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Apesar da redução, a produção de minério de ferro em Itabira em 2019 só perde no Brasil para as minas do Pará. Composto por Carajás e S11D, o Sistema Norte produziu 82.591 Mt no 1S19, ficando 4,9 milhões de toneladas abaixo do 1S18, devido, principalmente, às chuvas consideras atípicas em abril e maio (precipitação média de 463 mm no segundo trimestre de 2019 contra 275 mm no segundo trimestre de 2018).
Em Minas Gerais, o complexo que mais se aproxima de Itabira em níveis de produção é das Minas Centrais, que inclui Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo, responsável por 10.434 milhões de toneladas de minério de ferro no 1S19. Contudo, a produção das Minas Centrais teve uma queda de 39,1% se comparada ao 1S18.
As operações de Brucutu em sua capacidade plena foram retomadas em 22 de junho deste ano, após decisão do Superior Tribunal de Justiça, que deferiu o pedido apresentado pelo município de São Gonçalo do Rio Abaixo, suspendendo os efeitos da decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais e adicionando de volta 30 milhões de toneladas ao ano de capacidade de produção.
Desempenho geral
A produção de finos de minério de ferro no segundo trimestre de 2019 foi de 64,1 Mt, ficando 12,1% e 33,8% menor do que no 1T19 e no 2T18, respectivamente, principalmente em função dos impactos decorrentes da ruptura da barragem de Brumadinho e de condições climáticas incomuns no Sistema Norte em abril e início de maio.