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Produção da Vale em Itabira sobe, mas ainda é menor que no ano passado

Foto: Esdras Vinícius

A produção da Vale em Itabira foi maior no terceiro trimestre de 2019 na comparação com o período imediatamente anterior. No entanto, o volume extraído no município ainda é menor que o registrado no ano passado. Somado tudo o que foi produzido pela companhia entre janeiro e setembro atuais, o resultado é 8,4% inferior ao apurado na mesma janela temporal em 2018.

Os dados constam no relatório de produção do terceiro trimestre de 2019 divulgado pela Vale nesta segunda-feira (14). De acordo com a mineradora, as minas de Itabira produziram 9,8 milhões de toneladas de minério de ferro entre julho e setembro. O resultado é 12% acima do apurado no segundo trimestre, quando 8,7 milhões de toneladas foram extraídas no município.

Mas, na comparação com o terceiro trimestre de 2018, período idêntico ao divulgado pela Vale nesta segunda-feira, a queda é importante. Entre julho e setembro do ano passado, a empresa produziu 10,9 milhões de toneladas de minério de ferro em Itabira, 10% a mais que em 2019. Somados todos os 9 meses deste ano, a produção da mineradora na cidade é de 27,9 Mt, contra 30,4 milhões de toneladas em 2018 (-8,4%).

A Vale não se aprofunda sobre a situação produtiva de Itabira em seu relatório. No último trimestre, procurada por DeFato Online, a empresa respondeu que a queda nos números locais se deu por causa de paralisações para manutenções preventivas na mina do Cauê, em abril. Ainda segundo a companhia, a atividade já estava programada desde o ano passado e impossibilitou as operações na usina por quase duas semanas, “impactando na produção de minério de ferro do município”.

Comparativo de produção divulgado pela Vale

Retomada

O relatório divulgado pela Vale mostra a produção sendo retomada após o desastre de Brumadinho, em janeiro deste ano. Em todas as suas unidades no Brasil, a empresa extraiu e beneficiou 86,7 Mt no terceiro trimestre de 2019. O resultado é 35,4% superior ao registrado no segundo trimestre.

De acordo com a Vale, a variação de alta em relação ao período imediatamente anterior é resultado da retomada das operações da mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo, em junho, e da melhoria no desempenho operacional do Sistema Norte, que foi impactado no 2T19 por condições climáticas pouco usuais.

Ainda segundo a mineradora, em 2020, a previsão é de que sejam adicionadas 30 milhões de toneladas de operações suspensas relacionadas à tragédia de Brumadinho, com 7 Mt provenientes do retorno parcial das operações a seco do Complexo de Vargem Grande em 2019 e o restante proveniente das operações de processamento a seco de Fábrica, Timbopeba e outros. Em 2021, a Vale espera adicionar os 25 Mt restantes, provenientes, principalmente, das operações de processamento a úmido de Timbopeba e do Complexo de Vargem Grande.

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