Estão sendo entregues na manhã desta segunda-feira (4), no auditório da Funcesi, os 500 kits de ensino para os (as) alunos (as) do projeto Desenvolve Itabira, focado na formação de desenvolvedores ‘Full Stack’ e outros profissionais em tecnologia, informação e comunicação (TIC). Os kits são compostos por mochila, notebook, mouse, teclado, mousepad, camiseta e uma série de brindes.
No total, 4.700 itabiranos (as) se inscreveram no projeto e 3.700 pessoas participaram do processo, que selecionou as mil maiores notas. 500 pessoas foram aprovadas em primeira instância e outras 500 ficaram na lista de suplência.
Segundo Ed Nelson, coordenador de expansão do programa, coincidentemente, as matrículas foram divididas de maneira diversa: ‘‘Temos mais ou menos 25% dos alunos na faixa de 16 a 18 anos, outros 25% entre 18 a 25, mais 25% com 25 a 30 anos e uma grande surpresa, que foi quase um quarto do público com 30 a 44 anos’’, explica.
Ed Nelson também comenta que a maioria dos selecionados possuí uma renda de até 2.5 salários mínimos e que a parcela dos alunos de maior faixa etária está em busca de uma transição de carreira: ‘‘É um baita de um projeto de inclusão social’’, celebra.
Amanhã (5) e quarta-feira (6) haverá um ciclo de palestras com representantes da Google, Microsoft, e da Rosetta Stone, a plataforma de ensino a distância para os alunos. No encontro, haverá debates sobre o novo mundo do trabalho e o mercado que envolve as áreas de tecnologia da informação.
Desenvolve Itabira
O curso terá 1800 horas (potencialmente) e a expectativa é de que em um ano de estudo os estudantes já estejam aptos a ingressar no mercado de trabalho, atuando em diferentes áreas e ramos.
Além do curso completo – que é dividido em 4 semestres e possui parcerias com a Universidade Federal de Minas Gerais e o Sebrae Minas -, os alunos terão acesso a um curso de inglês, acesso à plataforma de estudos e obtenção de diploma.
O coordenador do programa Desenvolve Itabira, Vitor Augusto Ferreira, lembrou em entrevista à DeFato, que a área de tecnologia é o setor econômico que mais cresce em demanda profissional no Brasil e no mundo. ‘‘Isso justifica muito um programa tão forte como esse que a Prefeitura de Itabira está trazendo para a gente’’, finaliza .
Para Victor, um dos diferenciais do projeto, também é incorporar um valor na matriz econômica da cidade, que até então não estava sendo explorado: ‘‘Itabira não tem uma demanda muito alta, por não ter muita indústria de ponta, mas, quando você vai analisar, todos os setores de comércio da cidade precisam de profissionais de tecnologia da informação e comunicação. Isso dinamiza a economia da cidade. E, além disso, esses profissionais hoje têm uma forte demanda para trabalho de home office. Então, eles não precisam trabalhar apenas com as empresas itabiranas’’, afirma.
Oportunidade
Breno Carlos Lavandeira de Resende, tem 25 anos e atua no suporte técnico de uma empresa itabirana. O jovem já havia iniciado seus estudos em uma faculdade há um tempo atrás, mas teve de abrir mão do curso por razões pessoas. Com a chegada do projeto, ele viu a oportunidade de retomar os estudos em uma área da qual ele já atua e que desperta seu interesse:
‘‘O mercado de desenvolvimento é um mercado que acho muito bacana, trabalho com tecnologia, é uma coisa que eu curto fazer. Resolver problemas e criar soluções para novos problemas é uma coisa que me atrai. Por isso acho muito interessante a ideia do projeto, além de todas as oportunidades e os materiais que a gente vai ter para poder alcançar esse objetivo final.’’