A primeira Reunião Territorial proposta pela Força Tarefa do Ministério Público de Minas Gerais, Vale, prefeitura e população atingida pelo risco iminente de rompimento de barragem em Barão de Cocais, dividiu a opinião do promotor Luís Gustavo Patuzzi, que também é membro do grupo que investiga os rompimentos de Mariana e Brumadinho. Para Luís, a pasta de ação social da cidade está deficitária em relação aos atingidos.
O encontro realizado nesta quinta-feira (9) tinha como objetivo expor as demandas dos ribeirinhos e moradores das comunidades evacuadas e ouvir o posicionamento do município e da Vale em relação às questões pertinentes a elas.
“Na parte de obras e saúde, houve boas respostas do poder público, o que não aconteceu com a parte da assistência social, que na minha opinião ainda faz um trabalho deficitário em relação a questão dos atingidos. Tanto é verdade, prova disso, que recebi informações que um aporte de recursos novos da Vale está só esperando a prestação de contas e quem está faltando com a prestação é a área de ação social. O Ministério Público vai entrar em contato com a secretária para resolver isso o mais rápido possível”, disse.
Outro ponto levantado por Luís como umas das questões que ainda precisam de atenção na cidade, foi a saúde mental. “A saúde pública de Barão precisa de uma melhora e um aporte de profissionais, de exame e medicamentos, sobretudo na área de saúde mental”, completou.
Um novo encontro entre as partes deve acontecer nos próximos 30 dias, para que os assuntos discutidos possam voltar à pauta com respostas e indicações de datas para resolução.