O Paris Saint-Germain pode ter um novo estádio nos próximos anos. De acordo com reportagem publicada pelo jornal francês ‘L’Équipe‘ nesta sexta-feira, o clube parisiense, controlado pelo fundo soberano do Catar, tem interesse em fazer uma oferta pelo Stade de France, que será objeto de uma licitação em breve, pois seu atual contrato de exploração, cedido pelo Estado francês a um consórcio privado, termina em julho de 2025.
De acordo com o ‘L’Équipe’, a Qatar Sports Investments, subsidiária por meio da qual o fundo catariano atua dentro do PSG, quer um estádio mais moderno e com maior capacidade de público. O Parque dos Príncipes, estádio do time, acomoda no máximo 47 mil pessoas, enquanto o Stade de France é capaz de receber um público de até 80 mil torcedores.
O Parque dos Príncipes pertence ao poder público de Paris, e o PSG vinha negociando com a prefeita Anne Hidalgo para tentar comprá-lo. O objetivo é fazer uma reforma para ampliar sua capacidade. Conseguir a posse do estádio, que já é tido como sua casa, continua sendo prioridade para o clube, mas a dificuldade em realizar a ampliação faz com que sejam considerados outros planos, como adquirir o Stade de France.
O ‘L’Équipe’ também levanta a hipótese de que a sinalização do movimento de troca de estádio pode ser apenas uma forma encontrada pelo PSG para pressionar a Prefeitura de Paris. O assunto gera discussão entre a torcida do time, que, em sua maioria, prefere continuar com o Parque dos Príncipes.
Após a repercussão da reportagem, Hidalgo se manifestou sobre o caso. “A história do PSG está no Parque dos Príncipes. O Parque pertence ao parisienses, e claro, ao seu clube”, disse. “O PSG fora do Parque já não é bem o PSG, então isso é outra história. Não vou comentar porque não sei o que está por traz disso. Cada um é livre para contar a história que quiser”.
Inaugurado em 1998 para a Copa do Mundo, o Stade de France foi palco da vitória por 3 a 0 da França sobre o Brasil na decisão do Mundial. Desde então, virou a casa das seleções francesas de futebol e de rúgbi. Também sedia eventos de atletismo e será utilizado nos próximos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, em 2024.
*Conteúdo Estadão