Com os shows de Cláudio Zimba, Casa de Jah – Dj Set, Grupo Folclórico Tumbaitá, Amine Jabour e Dudu Nobre, o 49º Festival de Inverno de Itabira chegou ao fim no último domingo (16). Na ocasião, o superintendente da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA), Marcos Alcântara, conversou com o portal DeFato sobre a edição 2023 do evento, que ele classificou como um laboratório para 2024 — quando a mais tradicional ação artística de Itabira completará 50 anos de realização ininterrupta.
“O nosso balanço do 49º Festival de Inverno se resume em uma palavra: pertencimento. É a palavra de devolver o festival para os itabiranos. É uma cidade que fará cinquenta edições ininterruptas de um evento dessa magnitude. Então a edição deste ano traz pra gente experiência para que possamos entender todo esse projeto e construir uma programação para os cinquenta anos do tamanho que Itabira precisa e merece para colocar a nossa cidade no mapa cultural do Brasil”, avaliou o superintendente da FCCDA.
“Nós conseguimos sensibilizar os itabiranos e eles abraçaram o festival em todas as atividades. Nós tivemos durante esses dias teatro, música, artes plástica e toda a segmentação cultural, com literatura pelas ruas da cidade, Caminhos Drummondianos lotados. Me chamou muita atenção como a cidade abraçou esse festival. (…) Isso, pra gente, demonstra toda essa estratégia que a gente vem desenvolvendo pra se criar em Itabira esse turismo cultural”, completou Marcos Alcântara.
Ainda sobre o turismo cultural, o superintendente da FCCDA destacou que pode ser uma alternativa para a diversificação econômica do município. “Entendendo que o turismo cultural traz pra gente várias possibilidades: econômicas, de geração de emprego e de renda pra cidade. Além de ser uma grande possibilidade de imediato para a diversificação econômica de Itabira por meio da cultura”, pontuou Marcos Alcântara.
Segurança
O prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage (PSB), também analisou as duas semanas de atividades culturais no 49º Festival de Inverno de Itabira. Para ele, ainda é necessário promover algumas melhorias na produção do evento, mas considera o saldo positivo, sobretudo ao fortalecer o município como destino turístico para quem quer consumir arte.
“Está consolidando Itabira como uma cidade cultural, uma cidade que, inclusive, vem se transformando nos principais destinos do turismo cultural do País. Então, nesse sentido, eu acho que é um balanço muito positivo. É claro que nós temos que aperfeiçoar sempre, evento é isso, são detalhes [para melhorar], e é isso que vamos fazer para o cinquentenário [do Festival] no ano que vem, com um festival ainda maior, mais forte, mais nacional e sempre valorizando e trazendo o artista da terra para participar”, analisou Marco Lage.
O prefeito ainda destacou o esquema de segurança adotado neste ano para evitar graves ocorrências como no ano passado, quando aconteceu um assassinato na Praça do Areão durante o show da Maria Gadú. “O que fizemos aqui é ter um cuidado maior com a segurança. Então, junto com a Polícia Militar, que empenhou todos os esforços pra montar um projeto conosco, terminamos este festival sem nenhuma grande ocorrência, sem nenhuma fatalidade e os cuidados às vezes incomoda um pouco, gera alguma fila pra entrar porque tem os detectores de metais, mas dá um conforto paras famílias e é o que a gente quer”, finalizou.