Site icon DeFato Online

Queda incomum na Cfem recebida em maio leva Prefeitura de Itabira a pedir explicações da Vale

||

Mina Conceição

A Prefeitura de Itabira não ficou nada contente com o valor que recebeu em maio referente à Compensação Financeira por Exploração de Recursos Minerais (Cfem). O município questiona uma queda de 40% na comparação com a média que vinha sendo praticada e levou o estranhamento ao diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Vale, Luiz Eduardo Osório, durante encontro recente na sede da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig).

Até março, Itabira recebeu uma média aproximada de R$ 10 milhões com os royalties da mineração. Em abril, o valor caiu para R$ 8 milhões e em maio bateu R$ 6,5 milhões, um recuo de 39,8%. “A queda está fora da nossa previsão. Nós queremos entender o que aconteceu. Houve algum fato anormal que não foi repassado?”, questiona o secretário de Fazenda, Marcos Alvarenga.

Impacto financeiro

O responsável pelas finanças do município argumenta que a queda expressiva acontece justamente quando há um cenário positivo para a mineração no mercado internacional: o preço do minério atingiu patamares semelhantes ao do início do ano passado, na casa dos 88 dólares a tonelada, e o valor do dólar é o maior dos últimos meses. Para ele, não há justificativas para um recuo dessa envergadura, mesmo os valores de maio tendo como referência a produção de fevereiro, quando há menos dias no calendário.

“Seria normal uma queda por causa dos dias a menos de fevereiro. Mas, por outro lado, tem a questão da exportação. O minério de Itabira é, em sua maioria, vendido ao exterior. O preço do minério no mercado internacional saiu de 65 para 88 dólares a tonelada em fevereiro. O dólar também subiu. Saiu de R$ 3,25 em março do ano passado para R$ 3,75 em fevereiro. Não justifica uma queda desse tamanho”, afirma o secretário.  

Secretário municipal de Fazenda – Marcos Alvarenga – Foto: DeFato

Para entender o que houve com a Cfem, Marcos Alvarenga e o prefeito Ronaldo Magalhães aproveitaram um encontro na Amig na primeira semana de maio para levar o questionamento direto ao diretor Luiz Eduardo Osório. A expectativa, segundo o secretário, é de que a resposta seja dada até o fim do mês.

 

Exit mobile version