A turma do ‘Fique em Casa’ vai começar a sentir, em breve, os efeitos da campanha que patrocinam desde o último mês de fevereiro.
A necessidade de que a população enfrentasse o Covid, expondo-se à doença, foi defendida pelo Governo Federal na tentativa de se evitar o colapso do Sistema de Saúde nacional, antecipando-se ao inverno, quando os leitos das UTIs são usualmente ocupados por pacientes com problemas respiratórios, o mesmo sintoma crônico do Corona.
Enquanto o Presidente apelava pela continuidade do trabalho, e que fossem preservadas as vidas das pessoas dos grupos de risco, muita gente se opôs a este chamamento apenas porque o pedido veio dele. Preferiram dar crédito aos apelos do Sistema que defende os interesses do vírus chinês.
Essa cegueira ideológica não dá conta de que o Estado brasileiro é responsável por mais da metade de toda riqueza circulante, que retorna em parte aos municípios através do Fundo de Participação (FPM), creditado pela União aos prefeitos como percentual da arrecadação do IPI (das Indústrias) e do IR (da Renda das pessoas e empresas).
Sem produção não há empregos, não há arrecadação de impostos e não há repasse aos entes federativos. Isso compromete a continuidade de inúmeros programas governamentais já consolidados, investimentos programados, bem como o pagamento de aposentadorias e salários em todas as esferas do funcionalismo público.
O primeiro alerta de vulnerabilidade financeira chegou aos gestores das quase 5600 cidades logo em abril, ante a queda em 15% destes repasses na parcela número um do decênio pós interrupção das atividades produtivas.
Este desastre que o Governo Federal tentou evitar com a pandemia – que vem patrocinada pelas canetadas do STF e pela grande mídia – atingirá fortemente aos cidadãos de todas as camadas sociais a partir dos próximos meses de setembro e outubro, não por coincidência, à época das eleições municipais.
Em decorrência das inúmeras empresas que cerraram suas portas, os milhões de trabalhadores colocados na rua pelo antagônico ‘Fique em Casa’ começarão a deixar de receber o Seguro Desemprego. Os demais brasileiros inscritos como vulneráveis sofrerão com a redução do Auxílio Emergencial, conforme previsto.
Somam-se estes aos mais de 13 milhões de desempregados que ainda não se recuperaram da ‘marolinha’ de 2008.
Para dar um colorido ainda mais vivo ao movimento que mira o caos – que tem começo, meio e fim – gestores e suas organizações corruptas estão desviando, na cara dura, os recursos recebidos via Decretos de Calamidade para combate ao vírus chinês. São crimes que compreendem gastos em propaganda para promoção pessoal e o conhecidíssimo superfaturamento de compras. Enquanto isso, os ouvidos estão voltados para o que disse o Presidente em uma reunião privada.
Daí, é fácil entender toda essa oposição ao Governo Federal. A organização criminosa capaz de ‘fazer o diabo’ para reaver sua hegemonia, que possui representantes desde os presídios até os tribunais, pode contar ainda com o braço poderoso da grande mídia para disseminar mantras como o ‘Ele Não’ e o ‘Fique em Casa’, ambos criados para desviar o foco, levando o medo e o pânico exagerado às massas.
André Moreira, brasileiro, publicitário, consultor em marketing e Diretor da Praxis Opinião e Mercado
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