O prefeito Alexandre Kalil (PSD) determinou nesta terça-feira (19) que técnicos da Prefeitura realizem um mapeamento minucioso de todas as áreas de risco geológico de Belo Horizonte, especialmente após as fortes chuvas que atingiram a capital na segunda-feira (18).
O levantamento vai servir de base para um plano de ação que busca diminuir prováveis danos causados pelas chuvas até o fim deste ano. “Para a chuva de amanhã, nós vamos continuar com o nosso plano que está vindo há um ano. A de depois de amanhã, também. Mas a que vem daqui a um mês ou 20 dias, nós temos que ter prontamente um plano robusto e organizado, como foi feito quando soubemos da chuva que vinha em 2019 e 2020”, afirmou o prefeito Alexandre Kalil.
O assunto foi discutido na tarde desta terça-feira, durante reunião do prefeito com secretários e coordenadores de regionais, na sede do Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH).
De acordo com o prefeito, foi graças à atuação do comitê que se reúne semanalmente, que nessa segunda-feira, pouco depois de iniciadas as chuvas, vias com maior probabilidade de enchente foram interditadas e famílias retiradas de áreas de risco. “Quem se organizar melhor, de forma mais robusta, vai diminuir um pouco o sofrimento dessa população”, completou Kalil.
Obras da Prefeitura
Além da obras, a Prefeitura afirma que “desenvolve ações permanentes de prevenção às enchentes e proteção da população contra os riscos de desastres durante todo o ano”.
O trabalho envolve todos os órgãos da administração municipal, cada um com determinado papel, desde manutenção de bacias de detenção, cuidados com a arborização, limpeza de bocas de lobo e de vias, galerias, fundos de vales de córregos, contenção de encostas, além do trabalho preventivo de alerta e conscientização dos moradores das áreas de inundação da cidade.
Há também um Sistema de Monitoramento Hidrológico capaz de subsidiar as ações de alerta e enfrentamento do risco de inundações, bem como acionar planos de bloqueio de vias durante as chuvas de maior intensidade.
De acordo com a Prefeitura, as grandes obras em andamento apresentaram funcionalidade nas chuvas dessa segunda-feira, retendo milhões de litros de água e evitando maiores estragos. Segundo a PBH, na região do Barreiro, as bacias no córrego Túnel Camarões, com capacidade de reter até 400 milhões de litros de água, cumpriram a sua função, escoando a água aos poucos.
Obra Vilarinho
A obra da Caixa de Captação no encontro entre a avenida Vilarinho e a rua Doutor Álvaro Camargos já está em fase final e tem previsão para ser entregue ainda em 2021.
Segundo a PBH, a estrutura tem capacidade de armazenar 10 milhões de litros d’água que escoam sobre a pista e liberar o volume aos poucos na galeria subterrânea, evitando assim o transbordamento. “Essa última chuva foi um grande teste para a obra. Ali enchia bastante e agora a bacia retém essa água e vai escoando naturalmente para o córrego”, explicou o superintendente da Sudecap, Henrique Castilho.