É um costume do rapper Projota convidar artistas presentes em seu show para fazerem uma participação inesperada. Na sexta-feira (17), foi a oportunidade do rapper itabirano Shall de viver essa experiência, que aconteceu na segunda edição do Ayeye – Mostra de Arte Negra em São Gonçalo do Rio Abaixo.
O rapper conta que foi ao show despretensiosamente e, quando Projota chamou por uma participação, pessoas que conhecem seu trabalho apontaram para ele. “Tive uns cinco segundos para pensar entre estar na plateia e estar no palco. Foi tudo muito rápido, mas foi incrível”.
Na apresentação, Projota fez questão de valorizar Shall como artista local, provocando a plateia quando ele sobe ao palco. “Trazer o público pra mim fez eu me sentir mais à vontade e mais inspirado a fazer as rimas na hora”. “Foi muita humildade da parte dele”.
Esse é um momento marcante para Shall, que considera Projota uma grande referência: “Foi o momento mais importante da minha carreira até hoje. Vou guardar comigo pra sempre”. O festival Ayeye faz parte da programação do dia da Consciência Negra promovida pela prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo.
Trajetória
Leandro Carmo Ribeiro, o Shall, começou no grupo Contra Correnteza e já soma dez anos de carreira. Em 2018, deu início à carreira solo e lançou um álbum O Caçador.
“Hoje além da música estou focado em firmar meu projeto social alicerce dentro das comunidades que por meio de várias atividades incluindo o hip hop tem a meta de salvar vidas”, conta Shall, que chegou a concorrer ao Conselho Tutelar itabirano neste ano.
Depois de realizar parcerias com rappers de Itabira e Belo Horizonte e artistas de outros segmentos, como MPB, está produzindo o primeiro feat internacional. A parceria será com uma rapper de Angola e ainda não tem previsão de lançamento.