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Recuperação do Valério passa por reestruturações físicas e administrativas, diz presidente

"O Valério quer disputar uma vaga no Módulo 2 em 2023", garante João Mário de Brito

João Mário de Brito foi eleito presidente do Valério em 2019 - Foto: Leandro Colombo/DeFato

Em grave crise financeira e depois de passar o ano de 2019 sem a disputa de uma competição profissional, o Valério busca a restruturação para voltar a ter dias de glórias. Conduzido à presidência em outubro do ano passado, João Mário de Brito é o homem à frente desse desafio. Em entrevista a DeFato Online, ele, no entanto, diz não estar sozinho e cita o atual grupo gestor como ponto forte no trabalho de reconstrução. O mandatária também abordou o cenário que encontrou no clube e o que tem sido feito para reerguer o Dragão.

Motivos para assumir a presidência

Aos 67 anos, João Mário contou que aceitou o desafio de presidir o Valério, principalmente, por dois fatores: “A necessidade do Valeriodoce e o grupo que está à frente da gestão”. Ele também aposta na experiência pessoal, já que foi vice-presidente de gestões passadas.

“Nós somos dez gestores. Escolhemos a dedo esse grupo para poder fazer um time muito forte. Já exerci vice-presidência de vários presidentes. Já fui vice do Li [Guerra], do Maluf [Eduardo], do Paulo Henrique [Figueiredo], do Samir [George da Silva]. Então, a gente tem uma história dentro do Valério. É a necessidade e obrigação de gostar muito do Valeriodoce e ter disponibilidade para assumir. O que mais me traz também, além desses dois fatores, é esse gostar do Valeriodoce. Eu não falo amor, que é um negócio diferenciado. Mas esse gostar, de ter no coração, do querer bom à essa agremiação”, disse o presidente.

Um dos integrantes do grupo gestor do Valério é o empresário Pedro Fortunato, responsável pela diretoria de Projetos. Presidente interino do VEC nos meses passados, Pedro, quando assumiu, disse que chegava à direção a contragosto da família. Perguntado se tinha apoio dos parentes ou se sua situação era semelhante ao do antecessor, João Mário brincou:

“Sobre a família, alguns torcendo, incentivando, e alguns poucos acham que eu peguei um grande abacaxi. Eu até diria que é um abacaxi, mesmo. Mas esse abacaxi é doce. E ele tem doce até no nome. Então, é a condição de ser valeriano e a necessidade, de não ter ninguém que vai encarar, por isso nós vamos encarar.”

Estrutura física e administrativa

Dois pontos recebem atenção da nova direção desde a posse: a reestruturação física do clube e a revisão de processos administrativos. João Mário afirma que encontrou o VEC em situação delicada nesses quesitos e que os trabalhos de recuperação já acontecem desde meados do ano passado, ainda durante a gestão de Pedro Fortunato.

“É uma situação crítica. Uma instituição desorganizada. Isso no período que eu cheguei junto com o Pedro. Não tem dessa de que eu organizei dia primeiro de novembro pra cá, não. Nós começamos a fazer um trabalho em junho, ajudando o Pedro. Desorganizado no sentido administrativo, mesmo. Sem planejamento, um clube sem sócios, o que nos levou a fechá-lo durante uns quatro meses”, recorda.

As piscinas do clube foram as primeiras instalações a serem reformadas – Foto: Leandro Colombo/DeFato

O Valério foi fechado para associados em julho e só foi reaberto em novembro, já sob gestão de João Mário de Brito. Nesse período, o grupo diretivo se concentrou em organizar a área administrativa e traçar um diagnóstico financeiro. Pequenas obras foram feitas, sobretudo nas piscinas e sauna.

“Na parte física, nós já restauramos a sauna e duas piscinas já estão recuperadas. O ginásio 1, que é o grande ginásio, já teve a iluminação e parte hidráulica restabelecidas. Vamos arrumando aos poucos, sem muito dinheiro. Na medida que vai entrando algum trocado, arrumamos a casa. E entendendo que temos que dar um redirecionamento muito grande a esse parque aquático, que é um dos maiores do interior de Minas e não pode ficar inutilizado”, finaliza o presidente.

Acompanhe, nos próximos dias, outros pontos da entrevista de João Mário de Brito a DeFato Online. Na pauta, o futuro do futebol profissional, a relação com a Prefeitura, busca por sócios e outros temas. 

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