Localizado em Ouro Preto, o Museu da Inconfidência completou 80 anos ontem (11). Para comemorar a data, o museu inaugurou, no sábado (10), a mostra de arte contemporânea “Refundação”, inicialmente inaugurada na Ocupação 9 de Julho, do Movimento Sem-Teto paulista.
Com aproximadamente 100 artistas, a versão apresentada no Museu da Inconfidência conta com mais artistas mineiros. Dessa forma, a mostra envolve obras site-specifics, performances e diversos formatos em diálogo com as peças do acervo do Museu da Inconfidência. De acordo com a organização do museu, o objetivo é gerar novas reflexões a respeito de sua coleção.
“A ‘Refundação’ chega para fortalecer o reposicionamento institucional do Museu da Inconfidência, momento no qual, a partir de inúmeras iniciativas, a instituição vem ampliando o diálogo com diversos públicos e revisando suas narrativas expográficas”, informou o museu.
O Museu da Inconfidência está localizado na Praça Tiradentes, 139, no Centro da cidade mineira. Além disso, o espaço cultural abre suas portas de terça a sexta-feira, das 10h às 18h, e aos sábados, das 10h às 16h. No entanto, aos domingos, o museu oferece um horário especial: das 9h às 14h.
A entrada é gratuita. Para o agendamento de grupos com mais de 20 pessoas, é necessário enviar um termo de responsabilidade para o e-mail agendamento.mdinc@museus.gov.br.
Refundação
A exposição “Refundação” teve a colaboração de artistas, curadores e agentes culturais. Segundo a organização do Museu da Inconfidência, a mostra de arte contemporânea foi pensada para circular em diferentes locais, sendo reformulada a cada nova montagem.
Sua primeira versão foi inaugurada em 2023, na Galeria Reocupa. O espaço de exposições de arte contemporânea que fica no subsolo da Ocupação 9 de Julho, do Movimento Sem-Teto do Centro (MSTC) em São Paulo.
O Museu
O Museu da Inconfidência é um dos marcos históricos de Ouro Preto e destaca-se pela sua imponente arquitetura e rica trajetória. De acordo com a prefeitura municipal, o prédio foi construído entre 1785 e 1855 como Casa de Câmara e Cadeia, passando a servir exclusivamente como cadeia nas primeiras décadas do século XX.
Em 1930, com o retorno dos restos morais dos inconfidentes do exílio africano, o edifício ganhou uma nova função: o Panteão dos Inconfidentes. Desde 1944, por meio de decreto-lei, o prédio passou a funcionar como museu, com uma exposição permanente que explora a Inconfidência e a vida em Ouro Preto nos séculos XVIII e XIX. O
museu é composto por três anexos: os dois primeiros abrigam o Auditório, a Sala Manoel da Costa Athaíde para exposições temporárias, a reserva técnica, além das diretorias e setores administrativos. O terceiro anexo, a Casa do Pilar, é o lar do Arquivo Colonial com aproximadamente 40 mil documentos, uma vasta Biblioteca e diversos setores dedicados à pesquisa e educação.