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Reino Unido promete injetar R$ 500 milhões no Fundo Amazônia

Reino Unido promete injetar R$ 500 milhões no Fundo Amazônia

Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Como parte de sua presença em Londres para a coroação do Rei Charles III, ocorrida no sábado (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou a portas fechadas no Palácio de Downing Street, com o primeiro-ministro Rishi Sunak, na sexta-feira (5).

No encontro, Sunak prometeu ao Brasil o aporte de 80 milhões de libras, o equivalente a R$ 500 milhões para o Fundo da Amazônia, do qual fazem parte os Estados Unidos, Noruega e Alemanha.

Sunak disse, na oportunidade, que ambos os países têm pontos em comum, além do futebol.

Lula, por sua vez, lembrou que o Brasil ficou isolado por seis anos e que sua ida ao Reino Unido, além da coroação, seria um gesto de reaproximação entre ambos. “Temos boas relações, mas certamente é muito pouco — US$ 6,5 bilhões por ano. Espero que, nesse nosso encontro, haja a retomada da relação com o Brasil. É a volta do Brasil ao mundo. O país ficou isolado por seis anos. Nós, agora, queremos retomar primeiro a discussão comercial, que há possibilidades enormes de crescer fluxo”, disse o presidente do brasileiro.

Ao abordar a questão climática, Lula disse que o Brasil tem grandes reservas e vem participando de encontros sobre o clima e assumido compromissos com o desmatamento zero na Amazônia até 2030. “Tenho falado para todos os países ricos e pedido para que cumpram os acordos firmados nas edições da COP. Os países mais pobres precisam de ajuda para manter suas florestas de pé e o clima que a sociedade precisa (para viver)”, afirmou Lula.

Sobre o Fundo Amazônia

O Fundo Amazônia foi lançado em 2009 e pela Noruega para combater o desmatamento e estimular o desenvolvimento sustentável. Atualmente é composto por quatro países: Noruega, Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido.

A Noruega é o país com o maior aporte para o Fundo. No primeiro ano da gestão Jair Bolsonaro (PL), o Fundo Amazônia foi suspenso porque a Alemanha e a Noruega discordaram do modelo de administração.

Foi reativado em janeiro deste ano, após o início do mandato de Lula.

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