O vereador Artuzinho (DEM), de Ibirité, região metropolitana de Belo Horizonte, causou polêmica na última segunda-feira (8). Em uma reunião na Câmara Municipal da cidade, o político reclamou do seu salário de R$ 5.900 e argumentou que ganha uma remuneração de “engraxate” e “vendedor de laranja”. “Isso não é salário de vereador, isso é salário de vendedor de laranja, engraxate”, teria dito.
Não satisfeito, o vereador ainda postou um vídeo da declaração em suas redes sociais. Na postagem, ele escreveu o seguinte parágrafo: “A maioria da população acha que o salário de um vereador é superior a R$ 15.000, mas a realidade é que ganhamos 5.876,08, e a demanda do meu gabinete é extremamente alta. Lembrando que nós, vereadores, não temos acesso ao salário dos assessores. O cara vai falar: é muito dinheiro, um cara que ganha o salário mínimo, mas para um vereador de uma cidade de 200 mil habitantes é pouco”, esbravejou.
O vídeo, como previsto, foi mal recebido pelos internautas e gerou uma série de críticas a Artuzinho. Percebendo a repercussão ruim de sua queixa, o político se desculpou por meio de uma nota nas redes sociais. “Minha intenção não foi, de modo algum, desqualificar ou desmerecer o trabalho do outro, mesmo porque entendo que todo trabalho digno deve ser valorizado. Minha intenção foi apenas mostrar a sociedade que o salário de vereador de Ibirité não condiz com a subjetividade da população, que imagina que o salário de vereador seja exorbitante. Sendo assim, peço desculpas e reafirmo o meu compromisso, respeito, admiração por todos os trabalhadores”, disse.
Artuzinho defende, atualmente, um projeto de lei que prevê o aumento do salário dos vereadores do município. Caso seja aprovado, os parlamentares passariam a receber R$ 8.000 por mês.