A MG-262, que liga Barão de Cocais a Caeté, está interditada desde a última segunda-feira (30) devido ao risco de deslizamento de um talude. A medida foi adotada pelo Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem (DER-MG), após a Vale, responsável pela estrutura, identificar o perigo. A princípio, surgiram informações de que o trecho poderia ser interditado por até 13 meses, mas tanto a Prefeitura de Barão de Cocais quanto a Vale não confirmam o prazo.
Em comunicado enviado à reportagem da DeFato, a Vale afirma estar “monitorando o local regularmente e já iniciou a análise dos projetos destinados à estabilização da encosta”. Ainda segundo a mineradora, a interdição do trecho, que possui cerca de 400 metros e está situado na área rural de Barão, “é uma ação de segurança diante do risco de deslizamento, sobretudo durante a ocorrência de chuva”.
Procurada pelo portal, a Prefeitura de Barão de Cocais ressalta os prejuízos causados pela insegurança no local. O impacto pode ser sentido pelas empresas que atuam na região (além da Vale, a Jaguar também utiliza o trecho para escoar sua produção de minério de ferro e ouro) e comunidades próximas à MG-262.
“Além de um eventual prejuízo às empresas envolvidas, há uma dificuldade no tráfego de moradores de comunidades próximas, como a comunidade Água Limpa. Eles acabam tendo que dar uma volta maior para chegar ao município, a rota escolar acaba sofrendo certo impacto também”, diz a Prefeitura.
O município também enfatiza que a prioridade, atualmente, é encontrar uma rota alternativa para os moradores da área rural. “A Prefeitura está em reunião constante com as empresas envolvidas e o Ministério Público (MP) para buscar uma solução o quanto antes. A prioridade do prefeito (Décio Santos, PSB) no momento é buscar uma rota alternativa. Esperamos que isso seja feito o mais rápido possível, enquanto a empresa possa efetuar as intervenções necessárias no talude”, completa.