A Rodoanel, subsidiária brasileira da empresa italiana INCSPA, prevê o início das obras do Rodoanel Belo Horizonte para 2025, em um projeto estratégico que vai transformar a infraestrutura da região metropolitana.
O investimento será na ordem de R$ 5 bilhões, e trará melhorias importantes, como a redução do tráfego urbano, maior conectividade entre cidades e estímulo ao desenvolvimento econômico local.
A empresa já definiu os trechos que vão integrar o gigantesco projeto que vai impactar positivamente a mobilidade e qualidade de vida na Grande BH.
Serão 100 kms de malha rodoviária, interligando 11 cidades da RMBH.
A primeira etapa do Rodoanel será um trecho de 70 kms, interligando 8 municípios da Grande BH.
O governo do Estado de Minas Gerais vai investir nesse trecho R$3,07 bilhões e a concessionária, por sua vez, vai investir ao menos R$ 2 bilhões para essa obra do Rodoanel.
A primeira etapa começa por Sabará, passando por Santa Luzia, Vespasiano e terminando na 424.
O segundo trecho dá prosseguimento à obra a partir de Vespasiano, São José da Lapa, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves e termina em Contagem, próximo da BR 040. O terceiro trecho prossegue a partir de Contagem e Betim, finalizando no contorno da BR 262.
Celso Paes, diretor presidente do Rodoanel BH S.A, diz que os projetos de licenciamentos ambientais das obras estão em fase avançada junto à Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e os primeiros projetos executivos devem ser liberados no princípio de 2025.
O investimento promete uma rodovia de classe 0, a primeira do Estado, e com um traçado moderno, seguro e com tecnologia de ponta, que vai permitir maior segurança e tranquilidade aos seus usuários.
Cerca de 5 mil caminhões circulam diariamente na área urbana de BH e terão, além de redução do fluxo, também redução de tempo, entre 30 e 50 minutos em seu percurso.
As obras vão permitir que Minas Gerais entre em uma nova fase de logistica de cargas, criando oportunidades de desenvolvimento e implantação de novas empresas e negócios em toda a região metropolitana, aumentando em até 13% do Produto Interno Bruto (PIB) , em 10 anos, crescimento da produção entre 0,8% a 1,3% no mesmo período, com previsão de geração de 15 empregos diretos e indiretos, expansão e desenvolvimento das cidades no entorno do Rodoanel BH.
Apesar dos benefícios listados, as prefeituras de Betim e Contagem fazem críticas ao projeto e apontam que haverá problemas na divisão de bairros e impactos sociais em algumas comunidades locais.
Celso Paes afirma que todas as questões estão sendo avaliadas na elaboração do projeto executivo e que mudanças ainda podem ocorrer determinadas pelo Fundação do Meio Ambiente, que serão levadas á discussão nos próximos meses.
“A empresa tem uma consultoria especializada com material protocolado no dia 28 de fevereiro e Feam tem um ano de prazo para análises e questionamentos. O prazo está correndo”.
* Fonte: CPG