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‘Rolezinhos’ no Centro de Itabira preocupam Polícia Militar e Comissariado da Juventude

Adolescentes se reúnem no Centro de Itabira em encontros marcados pela internet - Foto: Comissariado de Menores

Durante muito tempo, a praça Nico Rosa, no Centro de Itabira, foi ponto de encontro para a turma mais jovem da cidade, que se aglomerava em frente à extinta sorveteria Mellow. Agora, anos depois, uma intensa movimentação volta a tomar conta na região central da cidade nas noites de sextas-feiras e tem despertado a preocupação da Polícia Militar e de órgãos de defesa dos diretos das crianças e adolescentes. Reclamações de comerciantes e moradores da região são constantes.

Muita gente está indo ao local para se divertir, mas alguns registros têm chamado atenção. De acordo com a Polícia Militar, comerciantes chegaram a ser ameaçados e resolveram trancar os banheiros que deveriam ser exclusivos para clientes. A situação se agravou na sexta-feira da semana passada, 2 de março, quando houve até disparos de balas de borracha por parte da PM.

Segundo a Assessoria de Comunicação do 26º Batalhão da Polícia Militar, sediado em Itabira, cerca de 300 pessoas se aglomeravam no entorno da praça na última sexta. Moradores e comerciantes locais solicitaram o apoio da corporação, já que o clima era considerado de tensão. Ainda conforme a PM, a finalidade do comparecimento dos militares era cessar a perturbação e evitar danos patrimoniais, mas eles não foram bem recebidos por alguns frequentadores, que, além de resistirem à abordagem, não acataram às ordens dos policiais.

Comissariado atua em ocorrências envolvendo crianças e adolescentes – Divulgação

Menores de idade

Entre os frequentadores, é comum notar também a presença de menores. E fazendo consumo de bebida alcoólica, o que é proibido por lei. Denúncias já foram feitas ao Comissariado da Infância e Juventude da Comarca de Itabira nesse sentido. O coordenador Edson do Carmo Taveira, confirmou que já esteve na praça Nico Rosa e no entorno junto da PM e do Conselho Tutelar.

Entre as centenas de pessoas que frequentam o “rolezinho”, o Comissariado identificou adolescentes fazendo uso de bebidas alcóolicas, mas não conseguiu consumar os flagrantes. De acordo com Edinho, os jovens fazem sinais entre eles, comunicando a chegada das autoridades e escondem as bebidas.

Apesar das dificuldades, os órgãos não desistiram e planejam estratégias para coibir o uso de bebida por menores e outras ocorrências criminais no local. “Não vamos deixar que aquela área vire uma baderna”, garante o coordenador do Comissariado.

Segundo as autoridades, os movimentos são marcados por redes sociais e aplicativos de troca de mensagens.

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