As Defesas Civis estadual e municipal de Itabira, com o apoio da Vale, realizaram, no sábado (27), mais um simulado prático de emergência da Zona de Autossalvamento (ZAS) das barragens Cambucal I, Cambucal II, Conceição, Itabiruçu, Rio do Peixe e Pontal, que integram o Complexo Itabira, gerido pela mineradora. Apesar do exercício de caráter preventivo ter abrangido uma população de 17.695 pessoas, somente 2.252 itabiranos participaram da atividade — uma abstenção de 87,3%.
O simulado integra o Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM) das estruturas, em cumprimento à legislação vigente. O objetivo foi reforçar a cultura de prevenção e orientar a população sobre como proceder em caso de emergência com barragem. As sirenes tocaram às 14h e, cerca de meia hora depois, o treinamento foi encerrado para a população. Em uma sala de comando, coordenadores acompanharam todo o trabalho.
Nilma Macieira de Castro, da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Itabira (Compdec), destacou a importância da atividade. Segundo ela, é preciso, constantemente, promover ações que estimulem a cultura de prevenção no município.
“Um simulado como esse, com toda essa estrutura, visa justamente cumprir com esse objetivo, que é levar para a comunidade as informações que ela necessita para se sentir mais segura. Não há dúvidas de que as pessoas que participam dos simulados estão mais preparadas para agir em uma situação de emergência. E o compromisso da Defesa Civil é de trabalhar todos os dias para que esta cultura da prevenção esteja cada vez mais forte em Itabira”, disse Nilma Castro.
Treinamento especial
Durante o simulado, um treinamento especial foi realizado por agentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros. A equipe mista simulou o socorro a um cadeirante, morador do bairro Gabiroba, para testar o tempo de resposta nessa situação. O homem, de 76 anos, participou como voluntário.
O coordenador do Samu de Itabira, Júlio Lage, disse que a experiência foi positiva. Segundo ele, a equipe levou apenas 6 minutos para se deslocar da sede dos Bombeiros, no bairro Amazonas, até a casa do cadeirante. Ele foi atendido e encaminhado para o Ginásio Poliesportivo Maestro Silvério Faustino, na região central, em uma simulação de um ponto de recebimento de pessoas em casos de emergência.
“Eventos como esse são importantes também para nós, enquanto equipes de assistências, testarmos os procedimentos. Foi uma experiência importante”, avaliou o médico do Samu.