O que parecia irreversível se confirmou. Na manhã desta segunda-feira (25), o Cruzeiro comunicou a saída do técnico Luiz Felipe Scolari, vulgo Felipão, após 21 jogos em sua segunda passagem pelo clube. A cada entrevista dada, a permanência do experiente treinador soava mais improvável, vide o visível chateamento com a realidade atual cruzeirense.
Se, por um lado, Felipão foi muito importante para salvar a Raposa do rebaixamento para a Série C, por outro o time parecia cada vez mais estagnado nos últimos jogos. Problemas coletivos, aliados à bagunça extra-campo, fizeram o Cruzeiro despencar na tabela e perder as chances de acesso à Série A.
Porém, a saída do vitorioso treinador representa uma nova chance ao Cruzeiro. A 34 dias do início da próxima temporada, a Raposa pode investir em um técnico mais moderno, cujo estilo de jogo compactue melhor com o que é o futebol jogado hoje. Nesta procura, um nome parece unânime: Felipe Conceição.
Ex-treinador do América, Felipe ficou a uma vitória de levar o Coelho à Série A na temporada 2019. Hoje, faz ótimo trabalho no Guarani, uma das equipes mais agradáveis da segunda divisão. Felipe monta seus times baseado em um jogo de toque de bola, com muita movimentação entre os jogadores e a busca permanente pelo ataque.
O comandante do Bugre não tem a experiência de Felipão, mas está mais antenado com o futebol moderno. Além disso, um trabalho no Cruzeiro, mesmo na situação atual, poderia representar uma vitrine interessante. A marca ainda pesa.
Mas o mais importante já ocorreu. A situação de Luiz Felipe Scolari se definiu e o Cruzeiro deu o primeiro passo para se planejar para a vindoura temporada. Cada minuto de indefinição poderia atrapalhar os rumos do clube. Agora, é definir se o nome do próximo treinador é realmente Felipe Conceição.
Mais do que nunca, o Cruzeiro precisa do jovem treinador. Assim como ele precisa do Cruzeiro.
Victor Eduardo é jornalista e escreve sobre esportes em DeFato Online.
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