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Saída de González é o fim de uma comédia burlesca, diz Procurador-Geral da Venezuela

Foto: Reprodução/Redes sociais

Em mensagem veiculada em uma TV estatal, o Procurador-Geral da Venezuela, Tarek William Saab, ironizou, neste domingo (8), a saída de Edmundo González Urrutia, opositor de Maduro nas eleições de 28 de julho.

Segundo Saab, a saída de González para a Espanha, onde receberá asilo político, é o fim de uma temporada de “uma obra humorística {…} de um gênero que eu poderia dizer ser de comédia, de teatro burlesco, iniciada neste ano de 2024”.

E prossegue: “Esta obra medíocre causou angústia, sangue, suor e lágrimas a espectadores inocentes, com uma atriz secundária, uma vilã que ameaçava o protagonismo de González arrancando-lhe o microfone”.

A maliciosa insinuação foi dirigida a María Corina Machado, líder da coalizão oposicionista que posteriormente foi representada por González, depois que ela foi impedida de participar do pleito eleitoral à presidência do seu país.

Saab, ainda irônico, afirmou que agora “restam as reprises de uma obra que chegou ao fim”, mas, acrescentou que respeita a decisão do Executivo de conceder salvo-conduto para que González fosse para a Espanha.

Acusado de conspiração, usurpação de funções, incitação à rebelião e sabotagem, devido à iniciativa em divulgar as atas eleitorais na internet.

O líder, agora exilado, foi convocado por três vezes pelo Ministério Público a dar explicações de suas ações, não comparecendo a nenhuma delas. 

No dia 2 de setembro, González foi declarado alvo de um mandado de prisão.

As atas eleitorais expostas na internet correspondem a 80% do total de atas geradas no pleito, comprovando a vitória de González com 67% dos votos, contra 30% de Maduro.

O regime chavista alega que as atas tornadas públicas eram falsas e que o resultado real seria a reeleição de Maduro por 52% dos votos, contra 43% do seu adversário González.

Várias organizações internacionais, países latino-americanos, europeus e Estados Unidos cobraram a publicação das atas, o que até hoje a Justiça da Venezuela se nega fazer.

* Fonte: JBr

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