Não faz muito tempo que Ana Clara, uma menina de 11 anos, faleceu depois que um muro desabou no quarto em que dormia em São Gonçalo do Rio Abaixo. A tragédia aconteceu por causa das fortes chuvas que atingiram Minas Gerais naquele ano e são motivo de alerta periódico pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Neste ano, as autoridades públicas são-gonçalenses já mantém ações a longo prazo e tem outras planejadas para os meses de chuvas que se aproximam.
Um plano de ação foi elaborado a partir de reuniões com a Defesa Civil e as secretarias municipais. Segundo o coordenador da Defesa Civil Jean Lima, acontecem vistorias frequentes em áreas de risco potencial: “Em áreas de encostas onde não foram executadas obras de contenção tipo muro de arrimo será providenciada a colocação de lonas e orientar os moradores caso apresente qualquer sinal de possíveis deslizamentos tipo: inclinação de árvores, postes ou cercas e trincas em paredes”. Além disso, a Secretaria de Ação Social pretende providenciar abrigos temporários caso seja necessário retirar pessoas das áreas de risco.
Na próxima semana, a Secretaria de Obras dará início ao desassoreamento do rio Santa Bárbara. A vencedora da licitação foi a empresa FJR Engenharia e Construções. Ao mesmo tempo, a Secretaria de Serviços Urbanos realizará a limpeza de canaletas, canais subterrâneos e laterais de rios e bueiros em bairros como Una, Recreio, Café Nacional e Matias.
Se ocorrerem enchentes, a Defesa Civil irá utilizar as informações oferecidas pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) para informar diariamente a população. As ferramentas utilizadas podem ser redes sociais, grupos de WhatsApp, aplicativo PROXI e até mesmo carros de som. “Em caso de evacuação, acionamos o Plano de Ação alinhado com as secretarias executando a remoção de famílias, assim como a retirada de móveis e utensílios, animais etc”, alega Jean.
A Defesa Civil afirma que disponibilizou uma embarcação própria e pode trabalhar em parceria com o Posto Avançado do Corpo de Bombeiros.