Em publicação no Diário Oficial da união (DOU) na terça-feira (4), os ministros e servidores do Tribunal Superior Eleitoral ganharam um contrato com a seguradora Unimed com duração de três anos e um custo de R$ 80 milhões. A Justiça Eleitoral brasileira tem cerca de 30 mil servidores e dispõe de uma verba de R$ 10 bilhões para se gerir neste ano de 2023. O valor ultrapassa o orçamento anual de cidades como Guarulhos (com 1,4 milhão de habitantes), e orçamento de R$ 4,26 bilhões, Manaus, com 2,2 milhões de habitantes e R$ 6, 25 bilhões de orçamento, ou Porto Alegre, com uma população de 1,5 milhão e orçamento de R$ 8 bilhões.
O orçamento do TSE é superior ao Produto Interno Bruto (PIB) de 5.459, dos 5.570 municípios brasileiros. Esse valor inclui os gastos do TSE, que corresponde a mais de R$ 2 bilhões, dos 27 Tribunais Regionais Eleitorais (somados R$ 6 bilhões e do Fundo Partidário, quase R$1 bilhão, mas não inclui o Fundo Eleitoral, que neste ano superou a marca de R$ 2bilhões. Mesmo com as eleições sendo a cada dois anos, as despesas com a Justiça Eleitoral não diminuem.
Em 2019, foram quase R$ 8 bilhões, em 2018, R$9,5 bilhões e, em 2017 e 2016 foram R$ 7 bilhões por ano. Ao menos 70% do orçamento é utilizado em despesas com o pessoal da ativa e aposentados. A média salarial bruta de um funcionário do TSE é de R$ 17 mil.
O presidente da Corte, Alexandre de Moraes recebe R$ 10 mil pelo seu trabalho na Casa, mais R$ 46 mil como ministro do STF, sendo R$ 39 mil de salário e R$ 6,5 do chamado “abono de permanência”, totalizando R$ 55 mil.