O segmento da saúde, pós pandemia, ganhou destaque na economia, no social e na política. Porém, a saúde no Brasil está cada vez mais cara e o governo por mais que invista no sistema SUS, não consegue suprir as demandas cada vez maiores.
Dentro deste cenário estão os planos de saúde tentando sobreviver e o número de associados pouco tem crescido e até diminuído pelo achatamento salarial da classe trabalhadora.
Com o envelhecimento da população e o aumento dos anos de vida, urge a necessidade de se criar novas metodologias para os setores da saúde. Sabemos que o sonho de consumo da população é possuir um plano de saúde que lhe garanta assistência adequada. Novas tecnologias estão surgindo a todo instante, o que poderia ser uma solução. Entretanto, no setor da saúde novas tecnologias representam aumento de custo dos serviços, uma dificuldade no mundo inteiro. Em Itabira, pelo arcabouço da saúde e da educação do nosso sistema, podemos levar vantagens e sair à frente.
A pandemia mostrou que é possível cuidar da saúde de forma diferente e mais em conta. A nova geração da internet chega para transformar a distância em proximidade e a tele medicina e a robótica já são realidades incontestáveis. Precisamos investir dando ênfase à medicina preventiva.
Segundo o IBGE temos hoje 28 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Em 20 anos teremos 52% dos indivíduos com mais de 60 anos. Será preciso uma nova matriz social e a possibilidade de outras oportunidades de negócios para este público.
Na década de 90 a Vale e a prefeitura encomendaram um estudo para a economia do município pós-mineração. Ficou constatado que a saúde e a educação deveriam ser os setores de investimentos. Com certeza, hoje essa realidade se confirma.
Como provedor do principal hospital da região, que há 164 anos vem cuidando das pessoas e salvando vidas, tenho convicção de que juntos seremos capazes de transformar nossa economia mineradora em oásis do conhecimento e da saúde.
Diante destes fatos, algo precisa ser construído agora. Precisamos enxergar essa realidade como uma oportunidade de negócios. Gerar novos serviços, novas modalidades de atendimentos.
Pensando assim, criamos o setor de inovação do Hospital Nossa Senhora das Dores, que vem pautando por grandes parcerias com os Institutos de educação, outros hospitais e alguns setores privados. Desenvolvemos projetos inovadores, autossustentáveis. Em breve, teremos várias ilhas de negócios movimentando todos os segmentos com várias startups. Precisamos cuidar da saúde para não ter que enfrentar as doenças, o que também será menos oneroso para o governo e para todos os envolvidos.
Em nossa visão, a saúde não pode ser vista apenas como obrigação e filantropia, pois esta representa uma das grandes oportunidades a ser potencializada. Este trabalho será mais fácil se trabalharmos juntos, governo, iniciativa privada e instituições. Conclamamos todos os setores a pensar juntos no nosso futuro.
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