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Se depender apenas do “vamo que vamo”, Cruzeiro sofrerá na Série B

Cruzeiro

Foto: Cruzeiro/Twitter

No dia 9 de setembro, o Cruzeiro oficializou a contratação do técnico Ney Franco, que viria a substituir Enderson Moreira. O investimento exigiu muita coragem da direção do clube, já que a torcida, logo de cara, se mostrou contrária à ideia.

Porém, uma vitória na estreia ajudou a amenizar o clima, que logo voltou a esquentar após duas derrotas seguidas para CSA (3 a 1) e Avaí (1 a 0). O triunfo categórico contra a Ponte Preta, por 3 a 0, parecia ter recolocado o time nos eixos, mas o revés do último sábado, sofrendo gol no último lance da partida, foi um baque na tentativa de reação cruzeirense.

As duas vitórias de Ney Franco à frente do Cruzeiro até aqui tiveram um fator em comum: a imposição física. Contra o Vitória, um bom segundo tempo, com um abafa sobre um adversário que mal conseguia passar do meio campo.

Já contra a Ponte Preta, o gol logo no início de Filipe Machado ajudou a pavimentar o caminho para os três pontos, que surgiram após os cruzeirenses aproveitarem muito bem os espaços deixados pela equipe campineira.

Em ambas as partidas, o Cruzeiro parecia mais motivado, com uma postura diferente em relação às outras rodadas. Normal, já que o questionamento de torcida e imprensa era alto nessas oportunidades. Nestes cenários, técnico e jogadores entram em campo querendo calar os críticos e provarem que não merecem ser criticados.

Mas nem sempre será assim. Em alguns momentos, ou a maioria deles, o Cruzeiro terá que se impor por sua organização, pela estratégias. Manter a intensidade dos dois jogos citados anteriormente durante todas as rodadas é impossível para qualquer time, principalmente para um cuja média de idade é tão alta.

Uma opção seria rodar o elenco, como quase todos andam fazendo desde o retorno do futebol. Mas antes é necessário encontrar uma espinha dorsal, entrosar essa equipe e, a partir daí, promover a rotação. Feito este processo, a mescla entre titulares e reservas no time principal tende a ser muito mais natural.

Contudo, é óbvio que esta não é a única explicação para os tropeços. Contra o Cuiabá, especialmente, a responsabilidade é quase toda de Ney Franco. O cantor/treinador foi muito mal em suas escolhas desde o primeiro tempo, e suas substituições na etapa final desorganizaram completamente o time. Mas isto é assunto para outros textos…

Victor Eduardo é jornalista e escreve sobre esportes em DeFato Online.

O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

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