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Secretária da Associação do Fênix pede construção de novo CMEI na região

Cmei

A secretária da Associação do bairro Fênix, Bete Santana, durante a primeira assembleia do Orçamento Participativo. Foto: Victor Eduardo/DeFato Online

Foi realizada, na noite desta terça-feira (13), a segunda assembleia do Orçamento Participativo na Regional 1, que compreende bairros como Fênix, João XXIII, Santa Ruth, Santa Marta e Bálsamos. Assim como o primeiro encontro, ocorrido há cerca de 20 dias, o segundo foi promovido no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Ademir de Souza, no João XXIII.

Segundo o cronograma do Orçamento Participavo, as segundas assembleias são o momento em que a população aponta quais as principais demandas da sua região. Já a terceira e última fase do programa consiste na execução dos projetos, todos eles voltados à infraestrutura da cidade.

Necessidade urgente

Em entrevista à DeFato, a secretária da Associação do bairro Fênix, Bete Santana, elencou algumas das necessidades mais urgentes do bairro e seus vizinhos.

“O Fênix não é um bairro pronto, mas também não é um bairro difícil de ajustar. O que precisamos hoje é colocar a Unidade Básica de Saúde (UBS) em funcionamento, que é uma das prioridades que o bairro anseia há 20 anos. Em abril, tivemos a assinatura da ordem de serviços com a promessa de que entregaria em seis meses. Mas a gente luta ainda por uma praça de esportes, porque temos jovens e adolescentes que ficam ociosos no contraturno escolar, e também precisamos de uma atividade que envolva as mães que não trabalham, não tenham sua atividade laboral remunerada”, iniciou.

Outro problema citado por Bete está relacionado ao alto número de crianças nascendo na região. Segundo ela, as CMEI Dona Dudu e Prefeito Li, ambas localizadas no Fênix, não atendem a essa demanda.

“E uma outra demanda, que já estamos visando para o futuro, é que o bairro está crescendo muito. Já recebemos dois condomínios muito grandes, um na entrada do Fênix e outro na rua Caviúna, no Abóboras. Temos aqui hoje a CMEI Dona Dudu, inaugurada recentemente, e também a CMEI Prefeito Li, mas o número de crianças aqui está aumentando demais da conta. Então a gente anseia muito que seja construída uma nova creche, uma nova CMEI que possa atender o pessoal dos bairros Bálsamos e Ribeira e que fique em uma altura que possa atender essas regiões também, porque menino aqui está brotando”, comentou Bete.

Para a líder comunitária, qualquer esforço da Prefeitura para diminuir a fila de espera das creches será em vão caso um novo CMEI não seja construído.

“Não suporta a demanda, apesar deles estarem lutando para esvaziar essa lista de espera, quando tira dez, já chegaram mais 20 meninos. Então é uma lista que não se esvazia. Mesmo que haja pretensão, necessidade e vontade, se não houver uma outra construção de CMEI para comportar essas crianças, essa lista de espera será constante”.

O Cmei Dona Dudu, no bairro Fênix. Foto: Prefeitura de Itabira/Reprodução

Problema conhecido

Presente no evento, a secretária municipal de Obras, Elaine Mendes, foi procurada pela reportagem, mas disse ser responsável apenas pela execução da obra.

Já Eliane Citi, integrante da Superintendência Técnico-Pedagógica da Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação (SME), afirmou que a demanda faz parte do planejamento da pasta, mas não citou possíveis datas para o início das obras.

“Isso já chegou (à SME). Tem quatro Cmeis na região, e ainda precisa de mais porque tem uma lista de espera, e a lista de espera desse bairro é uma das que mais tem quantidade, em torno de 100 crianças. Construindo outra creche, melhora essa demanda”, pontuou.

Fila da creche

Problema crônico do município, a “fila da creche” – termo utilizado para falar sobre as crianças itabiranas que aguardam por uma vaga nessas instituições – é uma grande dor de cabeça para a Prefeitura. No dia 8 de maio, durante reunião de comissões da Câmara, a secretária municipal de Educação Laura Souza afirmou que, à época, havia 400 itabiranos esperando por um lugar nas creches municipais. Em 2021, esse número chegou a ser de 1000 crianças.

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