Durante uma prestação de contas realizada na reunião de comissões da Câmara Municipal de Itabira, na última terça-feira (15), o secretário municipal de meio ambiente, Denes Lott, afirmou que a pasta trabalha na revitalização do Parque da Água Santa, outrora um dos principais cartões postais da cidade. A ação é uma parceria da SMMA com o Saae, a Secretaria de Obras, a Unifei e moradores locais. Foi instaurada, inclusive, uma comissão, com representantes de cada um destes grupos, para dar início ao projeto. Ela atua desde abril de 2021.
Enquanto abordava o tema em Senhora do Carmo, onde foi realizado o encontro de terça-feira, Denes Lott relembrou que o Poço da Água Santa chega a ser citado no hino itabirano e na obra de Drummond, o que reforça sua relevância no cenário municipal. O secretário ainda mencionou o fato do local possuir uma fonte de água termal, considerado por ele um desperdício de luxo.
“O Poço da Água Santa está no hino de Itabira, está em um poema de Drummond e é uma água termal que nasce ali. É um luxo ter uma água termal no centro da cidade, e Itabira joga esgoto na água termal. Se vem um europeu em Itabira, ele vai achar aquilo ali um absurdo, um contra-senso total”, ressaltou aos vereadores.
Denes também detalhou o trabalho realizado, até aqui, pela comissão que está cuidando do caso. Segundo ele, o objetivo é buscar soluções técnicas para realizar a revitalização do Parque da Água Santa. O trabalho é dividido em duas etapas, explicadas logo abaixo.
Primeira etapa
Chamada caça-esgoto, esta fase consiste nas visitas de servidores do Saae e da Secretaria de Meio Ambiente em casas localizadas na região a montante do parque. A ideia, de acordo com Denes, é identificar possíveis descartes irregulares de esgoto na rede pluvial e, consequentemente, a contaminação da água.
Segunda etapa
A SMMA afirma que a segunda etapa compreende a análise da qualidade da água, vazão e origem, tanto do curso d’água, quanto para a nascente de água termal. Concluída esta fase, devem ser propostas ações que estimulem o uso do parque pela população. Atualmente, a comissão ainda trabalha na primeira etapa, quando são realizadas visitas semanais no parque.
Privatização
Questionamos à Prefeitura se o espaço poderia ser entregue à iniciativa privada após passar pela reformulação. Segundo o município, o Parque da Água Santa já possui uma concessão de uso de superfície com uma floricultura localizada em seus arredores. O período de cessão é de 10 anos e termina em 2028.
A Prefeitura afirma que a floricultura utiliza o espaço para a comercialização de plantas e insumos, realizando, em contrapartida, a manutenção do parque.