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Sem notar o que acontecia à sua volta, Palmeiras sai atrás na briga pelo Brasileirão

Palmeiras e Athletico-PR decidem vaga na Libertadores; saiba onde assistir

Foto: Palmeiras/Twitter

Clube mais vitorioso do futebol brasileiro nos últimos anos, ao lado do Flamengo, o Palmeiras vem de dois títulos recentes que representam uma nova era administrativa do Verdão. Deixou-se de lado a política de várias contratações badaladas e gastos intermináveis, para investimentos mais pontuais e a aposta nas categorias de base. Gabriel Menino, Renan, Patrick de Paula, Danilo e Wesley são alguns exemplos de pratas da casa que tiveram papel importante nas conquistas recentes.

Essa mescla, aliada às ideias do técnico Abel Ferreira, deu o tom dos títulos do Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Libertadores na última temporada. No entanto, como tudo no futebol é muito volátil, talvez seja hora do Palmeiras rever seus métodos. Há uma clara mudança na política de contratações dos clubes brasileiros em 2021, sem entrar no mérito de que é a mais ideal ou não.

Enquanto o Flamengo segue com o radar apontado para o futebol europeu, o Atlético-MG também tem investido em nomes mais pesados. O elenco, que já era forte nas mãos de Jorge Sampaoli, tornou-se ainda mais poderoso após as chegadas de Nacho Fernandez, Hulk, Diego Costa e outros. Não à toa estamos falando dos dois times com melhores aproveitamentos no Campeonato Brasileiro.

Mas eles não são os únicos. O Corinthians, mesmo em situação financeira muito mais delicada, contratou Willian, Roger Guedes, Giuliano e Renato Augusto recentemente. Da mesma forma, podemos citar o São Paulo com Miranda e Calleri, o Grêmio com Douglas Costa e Rafinha, e o Internacional com Taison.

O Palmeiras, pelo contrário, seguiu caminho mais modesto. Piquerez, Jorge, Danilo Barbosa, Deyverson e Matheus Barbosa podem até agregar ao elenco, mas não o mudam de patamar. O único reforço de peso, mesmo, foi Dudu, multicampeão pelo clube alviverde em outras temporadas. Mas é pouco.

A atual equipe titular de Abel Ferreira tem bons nomes – que em um coletivo consistente podem crescer -, mas nenhum deles apresenta o nível de atletas como Hulk ou Arrascaeta. Estamos falando de jogadores que decidem partidas “sozinhos”, que fazem o diferente. Tanto Atlético, quanto Flamengo possuem mais de uma peça com essas características.

E para piorar, a força coletiva do Palmeiras tem se deteriorado. A última grande atuação foi contra o São Paulo, um lampejo diante do pobre futebol de 2021. Por tudo isso, não surpreende a vitória categórica do Flamengo na tarde de ontem. Mesmo muito desfalcado, o Rubro-Negro tinha em campo jogadores como Andreas Pereira, Everton Ribeiro e Pedro.

Por isso, dois pontos merecem ser observados de perto. Dentro de campo, a impressão é que o time estagnou e, especialmente quando tem a bola, pode ser facilmente neutralizado. Fora dele, é preciso contratar atletas que façam frente aos rivais.

Victor Eduardo é jornalista e escreve sobre esportes em DeFato Online.

O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

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