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Sempre uma nova tentativa

No afã de gerar desgaste ao governo e à imagem pessoal do Presidente Bolsonaro todas as tentativas são colocadas sobre a mesa pelos seus opositores, de forma ininterrupta. Desde as questões que envolvem sua família até aquelas específicas que possam, em algum instante, causar perda irreversível de imagem do seu governo.

O Corona veio como a grande oportunidade em um ano de eleições municipais, fundamentais para formação das bases de 2022. Quase dois meses após mostrar sua letalidade no hemisfério norte, causando graves mazelas sociais, a epidemia chinesa chegou por aqui. O Brasil já sabia o que estava acontecendo com a economia e as populações em países de primeiro mundo.

Enquanto o Governo do Presidente se preparava para dar conta das demandas originadas por essa doença, uma atenta oposição tratava de criar os obstáculos mais casuísticos para ofuscar a presença federal como protagonista das ações nos cuidados com a sua população.

Impulsionados pela grande mídia, os tentáculos do establishment foram colocados à mostra.

No decorrer da montagem de toda aquela sistemática de proteção social surge a figura do Ministro da Saúde, Sr Luiz Henrique Mandetta, um dos poucos políticos a ocupar um das pastas ministeriais. A visibilidade a ele conferida, diariamente, fez com que seus aliados mostrassem o lado obscuro de suas faces, até então pró-governo. Muitos daqueles eleitos em 2018 na esteira do bolsonarismo voltaram-se contra o Presidente de forma velada.

Estava em curso a implementação do plano de ‘quanto pior melhor’. Bolsonaro seria derrubado por um grande desastre econômico e social.

O comportamento do Presidente, próprio de um ser humano, passou a ser visto como criminoso: “…misturou-se com o povo nas ruas…, ele não sabe usar máscara…, passa a mão no rosto antes de cumprimentar outras pessoas…, ele foi a uma padaria e tomou café…” . Manchetes davam conta de um Bolsonaro enfraquecido enquanto uma equipe competente da pasta da saúde salvaria o Brasil.

Mandetta quis ser maior que o próprio cargo. Mergulhou rumo ao anonimato na mesma velocidade com que emergiu.

 

Pouco mais à frente, o Sistema enxergou uma nova ‘bala de prata’. Esta com um poder de devastação ainda maior, capaz de explicar a teoria da origem do universo: o pedido de demissão do ex-Juiz Sérgio Moro. Uma das grandes figuras do governo Bolsonaro, então à frente do Ministério da Justiça, visto como intocável. Moro foi conduzido a este cargo por sua postura em colocar atrás das grades quadrilheiros condenados, comprovadamente saqueadores do patrimônio público.

Sua saída provocou um frenesi na imprensa pelo vazamento de mensagens trocadas entre ele e o Presidente, com possível violação de atribuições em questões da Polícia Federal. Vazamentos condenados por Moro em episódios anteriores, quando foi vítima no caso Intercept, envolvendo seu nome. Apenas para relembrar, naquela ocasião, o primeiro a sair em sua defesa foi o Presidente Bolsonaro.

Moro passou, imediatamente, a ser cogitado como pré-candidato a Presidente, em oposição àquele que lhe deu crédito. Mas, onde está esse eleitor de Sérgio Moro? Seriam os descontentes de Bolsonaro pela saída de um de seus principais Ministros, ou os alinhados com a esquerda, estes mesmos que esbravejavam contra as sentenças do juiz de Curitiba?

O fato é que, até então, Moro não é candidato a nada, como ele sempre disse. Tem como preocupação zelar por sua biografia. Logo, vai se juntar a quem? Ao lamaçal que sempre combateu?

Pesquisas de opinião feitas imediatamente após à hecatombe de seu pedido de demissão mostraram que um terço do eleitorado nacional continuam firmes com o Presidente. Números muito próximos do que foi o resultado da eleição. Moro foi citado por pouco mais de 15%. Parte deste indicador do ex-juiz tem origem nas bases contrárias ao Presidente, conforme demonstrado nas inúmeras manifestações pelas redes sociais.

Até o instante em que o principal partido de oposição – derrotado em 2018 – percebeu para onde estavam indo seus séquitos que aplaudiam a perda de um Ministro de Bolsonaro. Imediatamente, os principais líderes oposicionistas trataram de retomar a tradicional direção ideológica, conduzindo Moro ao lugar onde sempre esteve: um juiz perverso, que colocou na prisão o maior líder político brasileiro, a alma mais pura do país.

Moro vai para a galeria dos homens públicos brasileiros que enfrentaram o crime organizado em um momento importante na história do país.

Mas os ataques contra o Presidente e seu Governo continuarão vindos de todos os lados pelos próximos trinta meses. Muitos nomes serão apresentados na tentativa de que pelo menos um emplaque e consiga fazer frente a Bolsonaro, enquanto o seu maior adversário, representante natural do Sistema corrupto – amplamente combatido por Moro – continua solto, porém condenado e inelegível.

André Moreira, brasileiro, publicitário, consultor em marketing e Diretor da Praxis Opinião e Mercado

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