Nesta quarta-feira (26), o coordenador do pool de emissoras do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre Gomes Machado, de 51 anos, procurou a Polícia Federal (PF) após ter sido demitido do órgão “sem que houvesse nenhum motivo aparente”.
À PF, o servidor afirmou que se sentiu “vítima de abuso de autoridade” e disse “temer por sua integridade física”. Alexandre também falou sobre possíveis falhas na fiscalização de inserções eleitorais dos candidatos à presidência, queixa constante entre integrantes do Governo Bolsonaro.
Na última segunda-feira (24), o ministro das Comunicações Fábio Faria (PP-RN) disse que a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve 154 mil inserções a mais do que a campanha de Jair Messias Bolsonaro (PL) nas rádios brasileiras.
Em seu depoimento, Machado reiterou acreditar ter sido demitido pelo fato de “desde o ano de 2018 tenha informado reiteradamente ao TSE de que existem falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções da propaganda eleitoral gratuita”. À PF, o ex-funcionário ainda disse que seria necessário uma fiscalização para “saber se as propagandas de fato estariam sendo veiculadas”.