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Servidores da Abin manifestam consternação em ato do órgão contra Moraes

abin, Agência Brasileira de Inteligência

Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo

Servidores da Agência Nacional de Inteligência (Abin), publicaram uma carta em que expressam consternação com as declarações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o suposto envolvimento do órgão nos planos golpistas de 8 de janeiro. A divulgação do manifesto ocorre depois da publicação no O Globo desta quinta-feira (4), de uma entrevista de Moraes em que o ministro afirma que a Abin monitorava seus passos para quando houvesse a necessidade de sua prisão. Segundo Moraes, havia um plano para prendê-lo e enforcá-lo em 8 de janeiro.

No manifesto, os servidores da Abin ressaltam que a instituição era gerenciada por servidores de outros órgãos no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quando houve “ocupação de cargos por indicação exógena em quantidade inédita na história da Abin”. Eis a íntegra da carta dos servidores da Abin:

“Os servidores e servidoras da Agência Brasileira de Inteligência manifestam, neste momento, sua consternação diante das publicações na data de hoje em que se aponta suposto envolvimento do órgão no planejamento de atentado contra a vida de ministro do Supremo Tribunal Federal”.

Na oportunidade, o trabalhadores também defenderam uma reforma das prerrogativas legais da Abin, com definição de meios e focos de sua atuação e valorização do quadro de pessoal.

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, disse ser possível identificar em breve os responsáveis pelo plano de enforcar em praça pública o ministro Alexandre de Moraes. Grande parte das informações sobre a trama estão registradas em conteúdos apreendidos pela PF no bojo das investigações sobre o 8 de janeiro.

“As informações foram extraídas de trocas de mensagens oriundas de apreensões e prisões, de todo trabalho investigativo sendo feito e segue em curso”, disse Rodrigues em entrevista à Globo News, nesta quinta-feira (4). 

“É uma situação absolutamente grave, estamos debruçados sobre toda a barbárie discutida pelos golpistas”.

Moraes revelou ao menos três planos contra sua vida, na entrevista ao jornal O Globo. Um deles planejava seu sequestro, outro pretendia seu assassinato e desova do seu corpo em Goiás e o terceiro sugeria o enforcamento dele na Praça dos Três poderes, em Brasília.

 

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