Servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) iniciam um movimento grevista na próxima terça-feira (6), em função da falta de avanço nas negociações para reestruturação da carreira e reajuste salarial com o Ministério da Gestão.
O Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical) alerta que o movimento paredista vai prejudicar o cumprimento de uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, para que a CGU realize uma auditoria das emendas parlamentares individuais em até 90 dias.
O calendário das mobilizações de greve está dividido em duas etapas. A previsão é de paralisação total das atividades das duas carreiras por 48 horas, na terça e quarta da semana que vem e novamente nos próximos dias 13 e 14 de agosto. Também será intensificado um movimento de entrega definitiva de cargos de chefia nas duas carreiras, o que pode ter impacto na capacidade operacional.
Segundo o Unacon, a formalização das entregas já começou e se estenderá até 13 de agosto. Os primeiros a pedirem exoneração dos cargos são os auditores e técnicos lotados no Tesouro, seguidos pelos servidores lotados nas secretarias da CGU sede e nos estados.
Já em operação padrão, os servidores também vão intensificar esse movimento, com implicações na realização de auditorias e entrega de relatórios, no caso da CCU, e operações financeiras de transferências e pagamentos, no caso do Tesouro.
As carreiras reclamam da intransigência do Ministério da Gestão nas negociações e pleiteiam a retomada das discussões para aperfeiçoar a proposta final, com o atendimento das pautas não remuneratórias. Elas incluem mudanças em requisitos de ingresso, manutenção dos atuais níveis de progressão da carreira e revisão de percentuais para equiparar a remuneração a outras carreiras de mesmo nível. A proposta do governo previa reajuste de 23% para auditores e de 24% para técnicos de finanças e controle entre 2025 e 2026.