A Prefeitura de Barão de Cocais, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, elaborou, nas últimas semanas, um Plano de Contingência do setor, para o cenário extremo de rompimento da barragem Sul Superior da Mina Gongo Soco.
O Plano abrange as ações, providências e precauções que a Saúde vem assumindo ou assumirá para um possível agravamento de crise. São todas medidas de caráter preventivo, contando com as orientações da Defesa Civil e da Força Nacional do SUS, do Ministério da Saúde.
De acordo com a prefeitura, as medidas expostas são apenas parte do Plano de Contingência executado pela Secretaria de Saúde e construído dentro do Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes). Os pontos de destaque são:
– O Hospital Municipal e PSFs já receberam geradores para garantir a plena manutenção da energia elétrica, caso haja algum dano às redes da Cemig.
– O Hospital Municipal NÃO ficará “ilhado” ou isolado no cenário extremo de rompimento da barragem. Uma passagem já foi aberta ligando o local à região da Fazenda Soledade.
– Foram abertos também caminhos alternativos para o município de Santa Bárbara.
– Ambulâncias e funcionários da Secretaria de Saúde estarão em todos os pontos de encontro estabelecidos, no cenário extremo de rompimento da barragem.
– Helipontos foram traçados no município e região, se houver necessidade do uso de helicópteros. São eles: Centro de Distribuição da Vale, Campo da Lagoa, Cruzeiro, Campo Santa Cruz e Campo do Tupi.
– A Copasa possui um Plano de Abastecimento de Água ao município em caso de rompimento da barragem e possível contaminação do Rio São João. Além disso, caixas d’água já foram enviadas a todos os pontos centrais de atendimento na cidade.
– A Secretaria de Saúde já traçou uma rota de transporte alternativo para pacientes que realizam hemodiálise.
– Em caso de rompimento da barragem Sul Superior, os PSFs do Centro e do bairro Lagoa funcionarão 24h.
– O cadastramento de voluntários já está em andamento na Secretaria de Saúde.
A cidade encontra-se em estado de alerta desde o dia 22 de março, quando a sirene tocou pela segunda vez no local elevando o nível de risco da barragem Sul Superior para 3, com iminência de rompimento. Em 8 de fevereiro o alarme soou na Mina de Gongo Soco por uma determinação da Agência Nacional de Mineração, uma vez que a empresa responsável pela vistoria da estrutura não garantiu a sua estabilidade.
Moradores das comunidades de Socorro, Tabuleiro, Piteiras e Vila do Gongo, consideradas zonas de autossalvamento, foram evacuadas desde o primeiro alerta.