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Sexualidade feminina além da prática reprodutiva

Divulgação

Há alguns anos atrás, por razões culturais e religiosas, a atividade sexual era vista apenas como uma prática reprodutiva. O prazer era reprimido por ser considerado algo pecaminoso ou moralmente condenável, e por isso a sexualidade feminina sempre foi marginalizada.

Hoje, o sexo faz parte do cotidiano das pessoas, não estando limitado apenas à concepção. O prazer humano independe da reprodução,  vai além dos aspectos orgânicos e está associada a fatores biopsicossociais.

A mulher era, (e ainda é) educada para ter bons modos e controlar suas vontades e desejos mais íntimos. Na adolescência a jovem mulher não recebe a devida educação sexual e por isso aprende a negar o próprio prazer, sentindo-se culpada por ter desejo. Nesta fase, é comum as questões sobre sexo gerarem constrangimentos e ao fazer questionamentos, as meninas são respondidas de maneira incompleta ou são até ignoradas. Se ela deseja ter mais conhecimento logo é reprimida e levada a achar que não é certo fazer perguntas do gênero.

A relação sexual na espécie humana é uma necessidade básica, não instintiva, razão pela qual o indivíduo decide se quer ou não praticá-la.  É parte da saúde do ser humano e deve ser abordada e avaliada a qualquer momento quando se tem dúvidas ou ao perceber que algo não anda muito bem.

Contudo, é importante ressaltar que o sexo vai além da satisfação física do desejo e da sensação de prazer alcançada. A partir da atividade sexual vínculos são estabelecidos e sentimentos de amor e carinho são aflorados, o que resulta em um relacionamento íntimo mais prazeroso e satisfatório para os envolvidos.

O grau de satisfação em um relacionamento está diretamente ligado à qualidade da relação sexual, mas também é importante manter um diálogo aberto e compreensivo entre as partes para que estas conversas facilitem a expressão da sexualidade.

O sexo deve ser livre. O prazer feminino envolve a fantasia e a demonstração de afeto diária. É importante para a mulher se sentir valorizada pelo parceiro (a), ser elogiada e reconhecida como uma boa companheira. Isto gera segurança e autoestima, o que resulta numa relação sexual livre e satisfatória para ambos os envolvidos.

Por isso, mulher, converse com seu ginecologista, tire todas as suas dúvidas quando estiver no consultório médico. Dialogue com seu parceiro (a), expresse seus desejos e liberte-se de preconceitos. Acredite que você é capaz de viver experiências sexuais incríveis. Se amar e manter-se bem informada sobre suas própria natureza é fundamental para ter uma vida sexual feliz e saudável.

Ainda tem dúvidas sobre o assunto? Entre em contato com a Dra. Ana Luiza (Clique Aqui).

Ana Luiza Alvarenga é Ginecologista e Obstetra. O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

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