A exemplo do anunciado na cidade de Barão de Cocais, região central de Minas Gerais, quando a siderúrgica Gerdau anunciou a “hibernação” daquela unidade, a medida se estende também à sua indústria em Maracanaú, maior centro industrial do Ceará, na região metropolitana de Fortaleza, onde opera há 42 anos. O número de colaboradores da área encontra-se em torno de 600.
O anúncio foi transmitido pela própria Gerdau, nesta terça-feira (28), a funcionários da empresa, e repassado ao Sindicato da Indústria Metalúrgica do Estado. A mesma fonte adiantou que a “hibernação” vai perdurar por pelo menos um ano e meio.
A Gerdau de Maracanaú vai continuar recebendo sucatas dos seus fornecedores, que será transferida para os complexos de Caucaia (CE) e Recife (PE).
A unidade cearense de Caucaia atenderá as exportações do estado, que vende parte de sua produção a vários países da América Latina.
Nesse período de “hibernação”, a planta de Maracanaú vai passar por uma adaptação para a produção de tarugos de 6 a 12 metros, com o que atenderá a demanda da laminadora localizada em Caucaia, que é a mesma que pertenceu ao grupo espanhol Hierros Añon, vendida à siderúrgica brasileira.
O Grupo Gerdau informou que serão investidos US$28 milhões, com previsão de que o novo empreendimento seja concluído até meados de 2026.
Fontes do setor metalúrgico e siderúrgico acreditam que essas medidas se devem à queda do preço do aço no mercado interno, quando a siderurgia brasileira não consegue competir com o produto importado da China.