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Sindicato Metabase e Anglo entram em acordo por pagamento de horas in itinere

Anglo

Foto: Sindicato Metabase/Facebook

O impasse judicial envolvendo o Sindicato Metabase e a Anglo American parece estar próximo do fim. Em uma assembléia “drive-in”, sem a presença dos trabalhadores no local, ficou acordado que colaboradores da mineradora receberão R$ 60 mil por horas in itinere. Esse número se refere ao período entre 2012 e 2016, sendo pago R$ 12 mil por ano.

Como mostrado por uma matéria da DeFato há 17 dias, as partes haviam voltado a negociar após seis meses. O principal ponto de discordância se referia aos valores a serem pagos pela Anglo.

Enquanto a corporação desejava desembolsar R$ 12 mil para trabalhadores de Conceição do Mato Dentro, Serro, Congonhas do Norte e Alvorada de Minas, o Sindicato defendia que cada comarca recebesse um valor relativo à distância até a Anglo. Esses números variavam de R$ 13 mil a R$ 20 mil.

Outro impasse se referia à forma de pagamento. A Anglo defendia o repasse parcelado do dinheiro, enquanto o lado sindicalista da história alegava que este pagamento deveria ser à vista. No acordo fechado ontem (22), ambos os lados foram contemplados. Ficou definido o pagamento dos R$ 12 mil por cada ano, como propôs a mineradora, e o pagamento dos R$ 60 mil à vista, como queria o Sindicato.

Participaram da assembléia virtual 828 trabalhadores. Destes, 631 aprovaram o acordo (76% dos participantes), 190 votaram contra (23%) e 7 se abstiveram (1%). A trégua foi conquistada após o presidente do Sindicato, André Viana, fazer acusações bastantes fortes contra a Anglo em uma live do facebook. Na oportunidade, André disse que houve denúncias de assédio moral dos trabalhadores junto ao sindicato, inclusive com ameaças de demissão.

O próximo e decisivo passo será levar o acordo atual para homologação da justiça. A comarca responsável por analisar o caso será a de Guanhães.

Horas in itinere

O termo “horas in itinere” se refere ao tempo levado pelo trabalhador no deslocamento até o seu local de trabalho, tanto na ida, quanto na volta. Tal benefício foi extinguido na reforma trabalhista aprovada pelo governo Michel Temer, em 2017. 

 

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