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Sindicatos e movimentos sociais criticam pedágio no Vetor Norte da Grande BH

rodovia mg-010 vetor norte

(Foto: Divulgação/DER-MG)

O Governo de Minas Gerais vai realizar, em junho, o leilão de concessão das rodovias que cortam o vetor norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte – MG-010, MG-424 e LMG-800. A concessão do Vetor Norte da Grande BH tem gerado debates principalmente sobre os impactos dos novos pedágios para a população.

O Lote Rodoviário Vetor Norte abrange 123,4 km de rodovias que passam por treze municípios: Belo Horizonte, Lagoa Santa, Prudente de Morais, Capim Branco, Matozinhos, Pedro Leopoldo, Confins, São José da Lapa, Santana do Riacho, Jaboticatubas, Vespasiano, Santa Luzia e Sete Lagoas.

O leilão prevê a concessão de 123 quilômetros, ao custo de R$ 5 bilhões, em um contrato de 30 anos.

De forma unânime, representantes de sindicatos e movimentos sociais presentes entendem que os anunciados benefícios podem não sair do papel, mas que certamente os custos da concessão serão repassados à população mais pobre. Além disso, eles questionam a privatização como única alternativa para os investimentos.

Para André Veloso, do Movimento Tarifa Zero de Belo Horizonte, a concessão das rodovias estaduais MG-010, MG-424 e LMG-800 resultará em segregação urbana e reforçará a concentração de renda.

Ele citou dados de pesquisa do Executivo estadual que serve como uma espécie de senso da mobilidade urbana, sobre os deslocamentos de pessoas de municípios da RMBH em direção a Belo Horizonte. Conforme informou, são 525 mil deslocamentos diários, realizados em grande parte (70% das vezes) por indivíduos com renda de até três salários mínimos – no seu entender, a parcela da população que pagará a conta.

Presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT-MG), Jairo Nogueira aposta no aumento do desemprego com a instalação de pedágios, devido à impossibilidade dos trabalhadores assumirem os custos e por não acreditar que os empregadores arquem com essa despesa.

Os principais prejudicados, ressaltou, serão os motoristas de táxi e de aplicativos, mais sujeitos às cobranças pelo maior número de corridas.

*Com informações da ALMG

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